O desfecho positivo do caso Magrão está nas mãos do Sport. Após a segunda audiência de conciliação, realizada na tarde desta sexta-feira (28), na 10ª Vara do Trabalho do Recife, o departamento jurídico rubro-negro deixou a sessão judicial ciente do valor que o clube tinha de chegar para selar o acordo com o goleiro.
Diferente da quantia apresentada na petição inicial do agora ex-camisa 1 do Leão, de R$ 5.016.853,16, valor antecipado pela reportagem do Jornal do Commercio, as duas partes podem chegar a um entendimento por uma quantia bem abaixo. De acordo com apuração do JC, o acordo entre Sport e Magrão gira em torno de R$ 2,3 milhões a R$ 2,4 milhões. Com esse montante, pelo que foi apurado, sendo pago em aproximadamente 40 parcelas (pouco mais de três anos). Mas a diretoria rubro-negra querendo pagar R$ 300 mil a R$ 400 mil a menos.
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O que poderia ajudar o Sport a pagar uma boa parte desse acordo seria a realização de um jogo de despedida para Magrão - proposta feita pelo clube -, com toda renda da partida sendo destinada para quitar a dívida do clube com o goleiro - a quantia que desse na bilheteria iria abater do valor fixado no acordo.
Entretanto, para que esse jogo de despedida do camisa 1 possa acontecer, o Leão precisaria aceitar pagar o que Magrão está exigindo. Ou seja, desembolsar cerca de R$ 300 mil a 400 mil a mais. Algo que será discutido pela diretoria ao longo do final de semana - já se reuniram na tarde desta sexta-feira (28), na sala da presidência.
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A expectativa é que no início da próxima semana já se tenha uma sinalização positiva ou negativa de um entendimento entre as partes. Caso não aconteça um desfecho positivo, segue o rito judicial. Com a juíza substituta Dra. Maria Carla Dourado de Brito Jurema julgando a liminar de antecipação de tutela (para quebra de contrato e liberação do arqueiro) num prazo de 10 dias. E a audiência de instrução sendo marcada, a princípio, para o dia 25 de setembro - com Magrão sendo obrigado a comparecer.
#JCEsportes O advogado de Magrão, Leonardo Laporta, e o vice-presidente jurídico do @sportrecife, Marcos Cabral, conversaram com a reportagem do Jornal do Commercio após a audiência de conciliação. pic.twitter.com/xkF3Ix9rQW
— Jornal do Commercio (@jc_pe) 28 de junho de 2019
POR QUE ENTRAR NA JUSTIÇA?
Muitos torcedores estão se questionando o porquê de Magrão ter entrado na Justiça se já existia um acordo com o Sport de repactuação das dívidas? O motivo é simples: na esfera judicial, se deixar de pagar uma das parcelas firmadas em acordo, é obrigado a pagar uma multa pesada, que pode chegar a 100%.
Pelo que a reportagem do JC conseguiu apurar, o Sport não vinha honrando com alguns compromissos firmados na repactuação da dívida com Magrão. Diante disso, essa foi a medida que o goleiro encontrou de buscar os seus direitos e ter uma segurança de que, de fato, o que foi acordado, será pago - sob risco de punição em caso de inadimplência.