A decisão dos ex-presidentes do Sport João Humberto Martorelli e Arnaldo Barros de interpelar judicialmente membros da Comissão do Conselho Deliberativo é vista pelo vice-presidente do Conselho, Ricardo Sá Leitão, como uma estratégia de gerenciamento de crise. Martorelli e Arnaldo entraram com a ação contra Eterio Galvão, Aristides Batista, Ivone Fonseca, João André Rodrigues e Fábio Monterazzo na Vara Criminal da Comarca do Recife.
"Pelo que vi na nota, parece que contrataram até uma assessoria de imprensa. Faz parte. Eles tinham estratégia política e jurídica. Isso de fazer o alarde, essa divulgação, faz parte da estratégia política. O que é preciso ter tranquilidade é que ninguém os acusou", disse Sá Leitão, em entrevista à Rádio Jornal, nesta quinta-feira (5).
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O vice-presidente do Conselho rubro-negro destacou ainda que a comissão é um "corpo de especialistas que deu uma opinião técnica". Ele fez um paralelo com uma construção de imóvel.
"Começa a ter falhas estruturais e cai. Faz perícia, que conclui que aparentemente houve um projeto mal executado da engenharia. O engenheiro responsável pela obra não tem que atacar perito, tem que defender o trabalho dele", emendou.
Durante a entrevista, Ricardo Sá Leitão ressaltou que não houve uma acusação a Martorelli e Arnaldo, e sim uma "opinião embasada". O que leva à interpelação judicial, que acontece antes de um processo de fato em casos de crimes contra a honra, para que o suposto ofensor esclareça.
"Vão pedir para que a comissão se manifeste. Se isso vai ser utilizado, como vai ser usado politicamente, uma tentativa intimidar comissão, a justiça que vai verificar. Da mesma forma que vai avaliar se essas conclusões da comissão acatadas pelo Conselho sugerem mais que uma má gestão", concluiu.