Bastidores

Bozó é homenageado pelo bloco Retalhos da Aurora

Arranjador de diversos artistas que se apresentam no Carnaval pernambucano, violonista é um verdadeiro estilista da música do Estado

Marcos Toledo
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Marcos Toledo
Publicado em 12/02/2015 às 6:00
Ricardo B. Labastier/Divulgação
Arranjador de diversos artistas que se apresentam no Carnaval pernambucano, violonista é um verdadeiro estilista da música do Estado - FOTO: Ricardo B. Labastier/Divulgação
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O Carnaval está aí, batendo na porta da frente. Muitos artistas já lançaram suas músicas e se apresentam nos palcos da capital e do interior. O que pouca gente sabe é que para todos estarem tinindo nos polos da folia contam com a ajuda de profissionais que se desdobram nos bastidores. E um deles é quase onipresente: o multi-instrumentista, arranjador, compositor e professor Bozó.

Uma das principais referências do violão de sete cordas no Brasil, ele é o homenageado deste ano do Bloco Retalhos da Aurora, que realiza sua festa esta quinta-feira (12/2), a partir das 17h, na frente do bar e restaurante Retalhos, localizado na esquina da Rua da Aurora com a Rua Capitão Lima, em Santo Amaro.

Com mais de 30 anos de carreira, Ewerton Brandão Sarmento, 52, integra uma família de músicos. “Nuca (um dos irmãos) é o grande responsável por tudo: me levou ao samba, ao choro, me ensinou os primeiros acordes”, lembra.

Foi Nuca também quem presenteou Bozó com o primeiro cavaquinho, um dia após assistir a uma apresentação de Paulinho da Viola no auditório da TV Jornal do Commercio que mudou a vida do jovem roqueiro. Da mãe, veio outro incentivo: o primeiro violão de sete cordas, que ele possui (e toca) até hoje.

Do início dos anos 1980 para cá, Bozó acumulou uma experiência arrebatadora na música que daria para contar em um livro. Da convivência diária com Nuca, passando por uma experiência como percussionista que o levou a tocar com Miúcha e o gênio Raphael Rabello (1962-1995) e pelo ingresso no Conjunto Pernambucano de Choro e, depois, na Orquestra de Cordas Dedilhadas, o que o possibilitou mudar da condição de aluno para professor do Conservatório Pernambucano de Música, onde leciona há três décadas.

Compositor bissexto, além da docência, Bozó se concentrou no trabalho de acompanhar artistas e a elaborar arranjos. Ele está sempre tocando (todo sábado se apresenta no Retalhos), mas, a maior parte do tempo, quando não está no Conservatório, está em seu estúdio, o único na cidade dedicado à produção musical.

Por toda a contribuição quase anônima à formação e formatação de vários músicos do Estado, Bozó recebe um tributo mais do que justo e aguardado.

Leia a matéria completa na edição desta quinta-feira (12/2) do Caderno C do Jornal do Commercio.

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