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Pernambucarnaval - o Carnaval de Pernambuco na opinião de Gustavo Krause

GUSTAVO KRAUSE
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GUSTAVO KRAUSE
Publicado em 14/02/2015 às 0:11
Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem
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Território: “Recife cidade lendária” e “Olinda cidade eterna”.

Governo: frevocracia absoluta, exercida pela Rainha do Maracatu com poderes mágicos de fada-madrinha e de Santa. O Rei Momo é o bobo da corte.

Constituição: “Art.1° – Fica instituído o reino da alegria e decretada a folia, em todo o território do Pernambucarnaval, sob os acordes do Frevo e do Maracatu.

Art. 2° – Esta constituição estará em vigor do sábado de Zé Pereira até a Quarta-Feira de Cinzas, revogados a tristeza, o mau humor, o pessimismo e o azar”.

Neste reino, o tempo é o presente e não haverá saudades.

Todos estarão vivos, “de braços para o alto/frevando sem parar”, assim na terra como no céu.

As mulheres serão “morenas da cor de canela”, “diabos louros com cara de gente”, “mulatas da alma cor de anil”.
E todas terão “pele macia, carne de caju, saliva doce...

Os homens serão bons e pacíficos. Sairão fantasiados de anjos, dizendo a uma só voz: “Olinda, quero cantar a ti esta canção”.

(O amor será livre, leve e louco).

Todos comerão o Pão que Deus amassou. Beberão “bate-bate com doce”. Provarão do vinho que Baco ofertou. E a sobremesa será filhoses.

À noite, serão iluminadas as casas e as ruas (em vez de lâmpadas) por pedaços de lua.

“Na madrugada do terceiro dia”, choverá um minuto de cinzas para lembrar que somos pó e que ao “Bacalhau na vara” retornaremos.

Depois, todos dormirão em paz. Durante 361 dias, sonharão com “serpentinas partidas”, até que “o Galo canta e anuncia a madrugada de um novo dia”.

*Gustavo Krause é folia pela graça de Deus

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