DROGAS

Projeto vai dar atendimento a usuários de crack no Rio

A primeira unidade, de caráter itinerante, fará atendimentos em Madureira, zona norte do Rio de Janeiro

Thais Leitão
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Thais Leitão
Publicado em 09/05/2011 às 16:14
Foto: AFP
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Rio de Janeiro - A Secretaria Municipal de Assistência Social do Rio de Janeiro vai implantar em um mês o programa Clínica de Rua para intensificar o atendimento a usuários de crack. Uma equipe multidisciplinar, formada por profissionais como assistentes sociais, psicólogos e técnicos em dependência química, oferecerá apoio inicial a pessoas em situação de rua que façam uso da droga e tentará convencê-las a aceitar um tratamento mais prolongado.

De acordo com a subsecretária de Assistência Social, Mônica Blum, trata-se de um projeto piloto que deve ajudar a combater a dependência química, principalmente o uso de crack. A primeira unidade, de caráter itinerante, fará atendimentos em Madureira, zona norte do Rio de Janeiro.

“Os profissionais vão trabalhar na sensibilização e no convencimento [dos dependentes químicos] sobre a necessidade de buscar tratamento clínico. Não queremos apenas tirar da rua, mas tratar os usuários”, afirmou Mônica.

Ela informou que, em seguida, o projeto será estendido também ao centro da cidade e a bairros da zona sul. As equipes multidisciplinares contarão com um ônibus para fazer o trabalho.

De acordo com Mônica, cerca de 80% dos usuários retirados das ruas e levados para abrigos da prefeitura acabam retornando ao espaço público e, na maior parte dos casos, praticam crimes para sustentar o vício.

Segundo ela, o perfil dos usuários é variado. Há desde pessoas com problemas psiquiátricos a jovens que viveram conflitos familiares e saíram de casa, passando por grupos que se formam a partir do uso de crack. Entre os usuários, também há pessoas que deixaram outros estados, como Bahia e Minas Gerais, ou municípios vizinhos, como Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e viraram pedintes nas ruas do Rio.

Ao todo, a prefeitura conta com 24 abrigos, que oferecem 3 mil vagas, para onde são levados os usuários de droga e outras pessoas que vivem em situação de risco.

Na manhã desta segunda-feira (9), policiais militares, com apoio da Secretaria Municipal de Assistência Social, recolheram 52 moradores de rua e usuários de crack nos bairros da Glória, do Largo do Machado e do Catete, na zona sul da cidade. Entre eles, havia 19 menores.

Na última sexta-feira (6), cerca de 90 pessoas também foram recolhidas durante operação da Polícia Militar para combater a venda e o consumo de crack na Favela do Jacarezinho, no subúrbio.

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