extremismo

PF prende no Rio integrante do grupo terrorista ETA

Em outubro de 2011, o ETA anunciou que abandonou definitivamente a luta armada, decisão que foi comemorada por autoridades espanholas

Da AFP
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Publicado em 18/01/2013 às 12:40
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A polícia brasileira deteve nesta sexta-feira no Rio de Janeiro um militante do grupo separatista basca ETA, Joseba Gotzon Vizán González, foragido desde 1991, anunciou o ministério espanhol do Interior. O homem detido, de 53 anos, vivia na clandestinidade no Brasil e estava foragido desde o desmantelamento em 1991 do comando Vizcaya, responsável por vários atentados do ETA, informou o ministério em um comunicado.

A prisão ocorreu em cumprimento de uma ordem de prisão internacional emitida pela Audiência Nacional, principal instância penal espanhola, "por um crime de atentado terrorista contra a autoridade". Joseba Gotzon Vizán González, nascido no dia 7 de maio de 1959 em Basauri, no País Basco (norte), é acusado de ter feito parte de um grupo armado submetido ao comando Vizcaya do ETA. 

Segundo o Ministério do Interior, em 14 de janeiro de 1988, ele participou, junto com outros ativistas da organização armada, de um atentado a bomba contra um agente de polícia "que ficou gravemente ferido" na explosão. No dia 13 de abril do mesmo ano, ajudou os membros do comando Vizcaya em "uma tentativa frustrada de atentado com o lançamento de granadas" contra uma delegacia de polícia de Basauri.

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Joseba Gotzon Vizán González (Potxolin) participou de atentado a bomba em 1988 (Foto: AFP)

Vizán fugiu depois do desmantelamento do comando em 1991 e vivia no Brasil há vários anos com "documentação falsa fornecida" pelo ETA.

No total, de acordo com o Ministério do Interior espanhol, 36 membros do grupo separatista armado basco foram detidos desde o início de 2012, três deles desde o início de janeiro. Somente algumas dezenas de militantes do ETA seguem em liberdade.

Muito fragilizado, o ETA anunciou no dia 20 de outubro de 2011 que ia pôr fim a sua luta armada, mas se nega a dissolver-se e a entregar as armas, tal como pedem os governos espanhol e francês.

O ETA teve seu último atentado praticado em agosto de 2009. A organização é responsável pelo assassinato de 829 pessoas em 40 anos de luta armada pela independência do País Basco.

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