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Menino que teve braço mutilado por tigre ganha prótese

O empresário Nelson Nolé, dono de uma empresa de próteses ortopédicas, ofereceu ao garoto uma prótese articulada

Karol Albuquerque
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Karol Albuquerque
Publicado em 09/09/2014 às 16:36
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O menino Vrajamany Rocha, de 11 anos, que teve o braço direito arrancado por um tigre no zoológico de Cascavel (PR), ganha esperança de voltar a ter uma vida próxima do normal. O empresário Nelson Nolé, dono de uma empresa de próteses ortopédicas em Sorocaba, ofereceu ao garoto uma prótese articulada. O menino esteve na cidade, acompanhado pela mãe, para fornecer as medidas para o equipamento.

Segundo Nolé, a prótese será feita em fibra de carbono, com luvas de silicone. O cotovelo será articulado para ajudar no equilíbrio do corpo. "Como o braço sofreu amputação total, não será possível instalar a prótese biônica, ativada pelo comando cerebral, mas vamos compensar isso caprichando na parte estética." Segundo ele, o braço mecânico é necessário para fazer o balanceamento do corpo e evitar danos na coluna. A peça será trocada todo ano até que o garoto complete 18 anos. Todo atendimento será gratuito.

O empresário também doou o braço biônico para o ciclista David Santos de Souza, de 21 anos, que teve o membro direito arrancado ao ser atropelado por um carro quando pedalava na Avenida Paulista, na capital. "No caso do David, foi possível a prótese biônica, pois a amputação foi menos drástica." O menino do tigre deve voltar a Sorocaba em um mês para testar o braço mecânico. Segundo sua mãe, Monica Fernandes dos Santos, de 37 anos, ele ainda sente as chamadas dores fantasmas no local, um efeito psicológico decorrente da amputação.

ACIDENTE - No dia 30 de julho, Vrajamany visitava com o pai o zoológico de Cascavel, quando invadiu a área de segurança e se aproximou da jaula do tigre. O menino teria se dependurado na grade e foi atacado pelo felino. O braço teve de ser amputado rente ao ombro.

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