Representantes dos metalúrgicos da unidade da General Motors (GM), em São José dos Campos (SP), e da montadora se reunirão hoje (24), às 15h30, em audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em Campinas. Em assembleia pela manhã, os empregados do turno da manhã mantiveram a paralisação iniciada na sexta-feira (20), por tempo indeterminado.
A greve ocorre em protesto contra a ameaça de demissões. Segundo o sindicato da categoria, 798 trabalhadores de um total de 5,2 mil seriam demitidos após afastamento de dois meses por meio do lay-off (folga forçada em que os empregados recebem seus vencimentos, sendo 50% bancados pela montadora e a outra metade pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador).
Para a GM o movimento foi precipitado porque a montadora ainda não tinha apresentado integralmente a proposta . A empresa alega não ter sido alertada sobre a decisão de greve, como determina a legislação.
No complexo industrial de SJC, a GM mantém duas fábricas de motores, além da produção de componentes como peças de transmissão; dos automóveis modelos S-10 e TrailBlazer, e de kits para exportação, os CKD (Completely Knocked-Down), relativos as peças de montagem.
A queda na produção de veículos em duas montadoras tem afetado o quadro de empregados. Desde ontem (23), 250 metalúrgicos da fábrica da Volkswagen em Taubaté (SP) entraram em férias coletivas. A empresa suspendeu, por tempo indeterminado, a produção no terceiro turno, na unidade. O objetivo é ajustar a produção à demanda de mercado, justificou a Volkswagen.
O Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região, ressaltou que essas medidas foram tomadas em comum acordo com a Volkswagen com a garantia de estabilidade no emprego. A produção diária nessa unidade caiu de 1,3 mil unidades para 850.
A Ford concedeu folga, com base no banco de horas, a 424 empregados da unidade de São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, isso ocorre porque diminuiu a produção, que passou de 17 caminhões/hora para 14 e de 55 carros/hora para 44.
Em nota, a Ford informou que a medida foi implantada para adequação do volume de produção à realidade do mercado.