Protesto

Moradores do Alemão fazem nova manifestação após morte de menino

A morte do menino Eduardo de Jesus Ferreira, 10, foi lembrada pelos moradores

Da Folhapress
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Publicado em 04/04/2015 às 12:55
Foto: Rafael FABRES / AFP
A morte do menino Eduardo de Jesus Ferreira, 10, foi lembrada pelos moradores - FOTO: Foto: Rafael FABRES / AFP
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Com bandeiras e balões brancos, além de muitos cartazes contra as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora), moradores do Complexo do Alemão organizaram um protesto neste sábado (4) na Estrada do Itararé, no trecho da Grota, um dos principais acessos ao conjunto de favelas localizado na zona norte do Rio.

A morte do menino Eduardo de Jesus Ferreira, 10, foi lembrada pelos moradores, que fizeram discursos contra a violência na região.

Às 11h20, manifestantes, alguns em motos, seguiram por uma das pistas da Estrada do Itararé, onde estão os principais acessos ao Alemão.

Minutos antes, a mãe de Eduardo, Terezinha Maria de Jesus, 40, chegou ao local onde havia manifestação trazendo nas mãos um cartaz com a mensagem "SOS CPX (abreviação de Complexo)".

Ao ver os policiais militares que monitoravam o protesto, Terezinha perdeu o controle.

"Assassinos. Vocês mataram o meu filho", repetia a moradora, que acabou sendo retirada do local por amigos e familiares.

Eduardo foi atingido por um tiro de fuzil na cabeça quando estava na porta de casa na tarde desta quinta-feira (2).

A possibilidade de um policial ter sido o autor do disparo que matou o menino causou revolta entre os moradores.

Num vídeo registrado por moradores da comunidade, policiais armados com fuzis são responsabilizados pela execução de Eduardo no local onde estava seu corpo.

OPERAÇÃO POLICIAL

Segundo a Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP), participam da operação policial no Complexo do Alemão policiais do Comando de Operações Especiais (COE).

O COE engloba o Batalhão de Choque da PM, o Batalhão de Operações Especiais Policiais (Bope), o Batalhão de Ações com Cães (BAC) e o Grupamento Aeromóvel (GAM).

Ainda de acordo com a CPP, a ação conta com o apoio de homens de outras unidades de polícia pacificadora, além de policiais do 3ºBPM (Méier), 16ºBPM (Olária) e 22ºBPM (Benfica).

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