A 14ª Vara Federal de Curitiba prorrogou por mais 30 dias as prisões temporárias dos 12 investigados da primeira fase da Operação Hashtag, que apura o envolvimento de brasileiros em organização criminosa supostamente ligada ao Estado Islâmico.
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Em despacho nessa quinta-feira (18), o juiz federal Marcos Josegrei da Silva, destacou a impossibilidade da Polícia Federal em concluir a análise pericial do material apreendido no prazo inicialmente concedido. Os alvos da Hashtag foram presos dias antes do início da Olimpíada do Rio por um prazo inicial de 30 dias.
"A despeito dos esforços evidentes, a complexidade dos fatos em investigação e a quantidade de indivíduos envolvidos justifica a não conclusão da análise do material coletado, no prazo de 30 dias", observou o juiz.
Ainda aguardam perícia 27 HDs, 14 telefones celulares e tablets, 15 DVDs e CDs, 12 pen drives e outros dispositivos de armazenamento de mídia digital.
Segundo estimativa da PF, há ainda relatórios de atividades em redes sociais que totalizam cerca de quatro mil páginas por investigado que estão sendo analisados pela equipe policial.
Marcos Josegrei também revela que o resultado da avaliação policial do material ratificou os indícios apontados na decisão que decretou a prisão temporária dos investigados, "confirmando a tese da autoridade policial de que defendiam os ideais difundidos pelo grupo extremista Estado Islâmico".
A partir da análise de parte dos elementos coletados na primeira fase foi possível autorizar a segunda fase ostensiva da investigação, deflagrada em 11 de agosto com o cumprimento de mais duas prisões temporárias, três mandados de condução coercitiva e mandados de busca e apreensão com a identificação de novos envolvidos. As investigações da Operação Hashtag permanecem em segredo de Justiça.