Após ser esfaqueada, transexual é perseguida e agredida em hospital

Os agressores da jovem a seguiram até o hospital, onde continuaram batendo na vítima
JC Online
Publicado em 18/10/2016 às 10:33
Os agressores da jovem a seguiram até o hospital, onde continuaram batendo na vítima Foto: Foto: Reprodução


Uma transexual foi esfaqueada após uma discussão na cidade Maiquinuque, no sul da Bahia. Ao procurar ajuda num hospital da região, a mulher continuou sendo agredida, mesmo ensaguentada e gritando por ajuda. O crime teria acontecido no dia 8 de outubro.

Natylla Mota, 21, estava numa praça da cidade passeando com o namorado quando um grupo de pessoas começou a hostilizá-los, os mandando sair dali pois era "um local de família". Natylla revidou as ofensas mas foi embora da praça.

Pouco tempo depois, um homem do grupo atacou a transexual com uma faca, tendo passado a arma para uma mulher, que também feriu Natylla. 

Mesmo ferida, a jovem conseguiu ir até o Hospital Municipal, mas não foi atendida de imediato, mesmo estando muito machucada. Não satisfeito, após esfaqueá-la, o casal ainda seguiu Natylla até o hospital, onde continuaram a agredindo. 

Num vídeo divulgado na internet, é possível ver uma mulher batendo e chutando o rosto da transexual, que está ensanguentada e pede por ajuda.

O caso está sendo investigado pela Delegacia da cidade e a polícia acredita que a principal motivação do crime teria sido homofobia. Até o momento, nenhuma pessoa foi presa.

Homofobia

O Brasil é o país que mais mata por crimes de homofobia. A região Nordeste lidera o número de mortes, e o Estado de Pernambuco apresenta pelo menos 21% desses óbitos, perdendo apenas para o estado da Bahia. Segundo estimativas divulgadas no relatório anual do Grupo Gay da Bahia (GGB), somente no ano de 2015, pelo menos 318 LGBTTT foram assassinados no país.

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