Reforma Trabalhista

Pilotos e comissários entram em estado de greve

Nova assembleia está marcada para a próxima quinta-feira. Pilotos e comissários podem parar na próxima sexta, quando sindicatos planejam greve geral

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Publicado em 24/04/2017 às 19:59
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Nova assembleia está marcada para a próxima quinta-feira. Pilotos e comissários podem parar na próxima sexta, quando sindicatos planejam greve geral - FOTO: Foto: ABr
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Os pilotos e comissários de voo decidiram nesta segunda-feira (24) entrar em estado de greve, após assembleia realizada em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Brasília e Campinas. Segundo o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), os trabalhadores protestam, entre outros pontos, contra a reforma trabalhista que tramita no Congresso.

Uma nova assembleia será feita na quinta-feira (27) para que a categoria delibere sobre a realização da paralisação, caso não haja recuos no texto do projeto de lei. Em conversa com o Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, o diretor de Relações Institucionais do sindicato, Adriano Castanho, não descartou uma eventual paralisação na sexta-feira (28), data em que diversas entidades de trabalhadores planejam realizar uma greve geral.

Em nota, o SNA diz que o projeto da reforma trabalhista traz "enormes riscos" à categoria e impacta a segurança de voo. O sindicato afirma que a permissão de contratos de trabalho intermitentes abriria a possibilidade de os tripulantes ficarem sem remuneração na baixa temporada.

Outros pontos levantados pelo SNA dizem respeito à possibilidade de demissão por justa causa em caso de perda de habilitação ou reprovação em exame médico, o fim da validade das Convenções Coletivas após sua vigência e a possibilidade de demissões em massa sem negociação com os representantes sindicais.

"O SNA, juntamente com a categoria, vem atuando intensamente nos últimos dias para conscientizar deputados, inclusive o relator do projeto, sobre as necessidades específicas dos pilotos e comissários", diz a entidade. "As emendas propostas pelos aeronautas não mitigam totalmente os riscos de precarização da profissão trazidos pelo texto substitutivo da reforma, mas atacam os principais pontos que ameaçam não só estes profissionais como, em última análise, a sociedade como um todo, já que mexem com o ativo mais importante da aviação: a segurança de voo."

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