Protesto

Grupo elabora site que ironiza 'cura gay'

Criado por um time de engenheiros de software e designers de Pernambuco e Ceará, o 'Site Cura Gay' busca ser uma forma de solidariedade para a comunidade LGBT

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Publicado em 25/09/2017 às 19:54
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Criado por um time de engenheiros de software e designers de Pernambuco e Ceará, o 'Site Cura Gay' busca ser uma forma de solidariedade para a comunidade LGBT - FOTO: Reprodução
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Um grupo de engenheiros de software e designers de Pernambuco e Ceará elaborou uma forma de protesto contra a recente decisão da Justiça Federal que libera as terapias de reversão sexual. O time criou o "Site Cura Gay", que simula um remédio contra o preconceito e serve como uma forma de demonstrar apoio e solidariedade para comunidade LGBT.

"O site surgiu a partir de uma ideia do Fernando Fernandes, um dos membros do grupo, em realizar uma forma de protesto contra o que consideramos um absurdo e criar uma ferramenta para demostrar solidariedade e demostrar gays, lésbicas, travestis, bissexuais e transexuais que eles não estão sozinhos e que grande parte da sociedade brasileira apoia a sua luta por inclusão e respeito", afirma o engenheiro Antônio Aureliano, um dos co-criadores do site.

O funcionamento do site ocorre de uma maneira bem simples. O usuário só precisa escrever o seu nome na caixa de texto e clicar no botão "curar". Na página seguinte, a pessoa verá o seu nome numa espécie de abaixo assinado contra a decisão judicial, embaixo de texto com a quantidade de "pessoas curadas do preconceito".

"O processo de criação do site foi bem rápido. A ideia de colocar de simular um remédio partiu das designers do grupo, a Juliana Carvalho e Rafaela Fernandes. Estávamos bem motivados pelo absurdo que consideramos o enorme preconceito e intolerância que o pensamento de cura gay provoca", disse ainda Antônio. "Queremos colocar um espelho em frente de pessoas que tem um pensamento de Idade das Trevas, para que eles vejam como estão presos a um tempo onde a intolerância reinava. Tratar como doentes pessoas que desejam ser felizes assumindo sua própria identidade diante de um mundo intolerante e que não afetam a nossa vida em nada é um erro que não deveríamos repetir", conclui.

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