Rio de Janeiro

Tiroteio deixa dois mortos e um ferido na Rocinha

Durante a tarde desta sexta, moradores também relataram intensa troca de tiros

Estadão Conteúdo
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Publicado em 06/10/2017 às 19:03
Foto: Fernando Frazão/ABr
Durante a tarde desta sexta, moradores também relataram intensa troca de tiros - FOTO: Foto: Fernando Frazão/ABr
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Uma semana depois da saída das Forças Armadas da Rocinha, um tiroteio entre criminosos e policiais militares terminou com dois criminosos mortos e uma moradora ferida no fim da madrugada desta sexta-feira, 6. Durante a tarde, moradores também relataram intensa troca de tiros.

Eles lamentaram a instabilidade na favela diante da disputa entre os traficantes Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, ainda no comando do controle da venda de drogas no morro, e Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem. Ele está preso em uma penitenciária federal em Rondônia, mas mantém influência sobre comparsas, que tentaram assumir o tráfico na comunidade no dia 17.

"As Forças Armadas saem, e a gente está novamente entregue aos tiroteios. Escolas já não abriram e o povo fica com medo de sair para trabalhar. Ninguém sabe o que vai acontecer daqui para frente", contou um morador.

Em vídeos compartilhados em redes sociais, é possível ouvir a intensidade do tiroteio da tarde. Uma foto feita por moradores registra o momento em que um PM retirou o corpo de um criminoso baleado com um carrinho. Ele foi levado para o Hospital Miguel Couto, onde morreu, assim como o comparsa.

A moradora baleada tem 16 anos e foi ferida em casa, logo depois de acordar. Está internada e não corre risco de vida. A Polícia apreendeu na favela um fuzil, uma pistola e munições. A Rocinha está ocupada por cerca de 550 PMs.

Confrontos

Confrontos também aconteceram na terça-feira, 3, e o efetivo foi aumentado (eram 500 até então), com PMs do Batalhão de Polícia Rodoviária e do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios. Os dois grupos estão fazendo patrulhamento da Autoestrada Lagoa-Barra, via que passa ao lado da Rocinha.

Também estão na favela policiais dos Batalhões de Choque, de Ações com Cães, de Operações Especiais (Bope), do 23º Batalhão (Leblon) e do Grupamento Aero-Marítimo (GAM).

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