COMBUSTÍVEIS

Não dá mais para dar subsídio para gasolina, diz secretário do Tesouro Nacional

Mansueto Almeida, afirmou neste sábado que o candidato que vencer as eleições terá de explicar muito bem à sociedade os ajustes que devem ser feitos

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Publicado em 22/09/2018 às 17:24
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Mansueto Almeida, afirmou neste sábado que o candidato que vencer as eleições terá de explicar muito bem à sociedade os ajustes que devem ser feitos - FOTO: Foto: Leo Motta/JC Imagem
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O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, afirmou neste sábado que o candidato que vencer as eleições terá de explicar muito bem à sociedade os ajustes que devem ser feitos. "O futuro presidente precisa explicar de forma clara que não dá mais para dar subsídio para a gasolina, que não dá mais para o brasileiro de renda mais alta se aposentar tão cedo", disse Mansueto em debate na Expert, feira da XP Investimentos, que acontece em São Paulo.

Mansueto defendeu que o ajuste fiscal é obrigatório e, caso não seja feito, o Brasil "vai para o buraco". "As escolhas hoje são muito mais claras e binárias do que eram antigamente, Ou o governo amplia o debate com a sociedade, cria um consenso e continua o ajuste fiscal ou o Brasil vai para o buraco", disse. "Se o próximo presidente assumir e disser que não vai fazer reforma da Previdência, por exemplo, o atual cenário vai se reverter rapidamente", afirmou Mansueto, destacando que o futuro governo vai receber a economia em recuperação ainda que lenta, inflação controlada e perto dos 4% e taxa básica de juros baixa. Hoje a Selic está em 6,5% ao ano.

O secretário do Tesouro afirmou que, assim como aconteceu com o atual governo, o futuro governante terá de negociar as propostas, inclusive de ajuste fiscal, com os 28 partidos políticos com representação no Congresso Nacional. "Não vai haver grande renovação no Congresso", disse. "E privatizações, concessões, reforma da Previdência. Todas essas propostas precisam do Congresso. Então, vai ser necessário muito diálogo", disse o economista.

BNDES

Mansueto afirmou que ele se surpreendeu com a dimensão dos resultados dessas negociações feitas pelo atual governo com o Congresso. "Eu mesmo não acreditava. (...) Mas, por exemplo, a política de subsídios mudou radicalmente. O BNDES já devolveu uma grande parte do que devia ao Tesouro ", disse o secretário.

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