NARCOTRAFICANTE

Líder do 'Comando Vermelho' preso no Paraguai nega acusação de terrorismo

''Sou um comerciante ilícito. Vendo armas, drogas, mas não sou terrorista'' disse Marcelo Pinheiro, mais conhecido como ''Marcelo Piloto''

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Publicado em 06/11/2018 às 21:42
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''Sou um comerciante ilícito. Vendo armas, drogas, mas não sou terrorista'' disse Marcelo Pinheiro, mais conhecido como ''Marcelo Piloto'' - FOTO: Foto: Norberto Duarte / AFP
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Marcelo Piloto, o líder do "Comando Vermelho" preso no Paraguai por tráfico de drogas e com pedido de extradição para o Brasil, rejeitou nesta terça-feira (6) a acusação de terrorismo apresentada pelas autoridades paraguaias.

"Temos nossos códigos e isto se respeita até a morte. Sou um comerciante ilícito. Vendo armas, drogas, mas não sou terrorista. Isto é uma mentira", disse Piloto, cujo nome de batismo é Marcelo Pinheiro.

Em entrevista coletiva enquanto aguarda sua extradição para o Brasil, Marcelo Piloto negou qualquer relação com o carro-bomba descoberto pela polícia em uma operação no dia 24 de outubro em Puerto Franco, 350 km a leste de Assunção.

Na operação, a polícia matou três brasileiros, supostos cúmplices de Marcelo Piloto.

Segundo as forças de segurança, o carro-bomba era parte de um plano para resgatar o narcotraficante do Agrupamento Especializado da Polícia, em Assunção.

O carro-bomba foi detonado de forma controlada pela polícia.

"Não tenho nada que ver com eles", disse Marcelo Piloto, desafiando as autoridades a apresentar provas contra ele.

"Colocam meu nome, minha foto no diário e me acusam de terrorismo. Isto é inaceitável. O terrorismo em nossa facção (Comando Vermelho) não é aceito. Temos os nossos códigos".

"O Paraguai é o país da impunidade e da corrupção", denunciou Marcelo Piloto, afirmando que pagou 200 mil dólares ao chefe de Investigações da Polícia para que o protegesse da Polícia Federal brasileira.

"Pagava para ter proteção. Tenho provas se interessar ao promotor", declarou Piloto sobre o comissário Abel Cañete.

Extradição

O ministro paraguaio do Interior, Juan Villamayor, declarou que as acusações do narcotraficante contra as autoridades locais são uma tentativa de permanecer no país e evitar sua extradição.

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