GRANDE FORTALEZA

Grande Fortaleza vive nova noite de ataques articulados por facções

Criminosos colocam nova bomba em viaduto, agora, Fortaleza e incendeiam agência da Caixa Econômica em Maracanaú

O Povo para a Rede Nordeste
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Publicado em 04/01/2019 às 8:08
Foto: O Povo
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Fortaleza e bairros da Região Metropolitana atravessaram uma nova madrugada de ataques articulados por facções criminosas. Foram pelo menos 30 das 21 horas até 2 horas da manhã desta sexta-feira (4).

O POVO foi a sete bairros onde as forças de segurança do Ceará foram acionadas para atender as ocorrências. Três desses atentados foram considerados muito graves pela Polícia Militar. Na Pajuçara, que fica no município de Maracanaú, bandidos incendiaram uma agência da Caixa Econômica.

Eles invadiram a agência, na rua Raul Teófilo, com um carro e atearam fogo no veículo. O incêndio destruiu completamente os caixas rápidos da entrada da Caixa e aparelhos de videos do banco. Ninguém ficou ferido. Mais cedo, outros criminosos atiraram contra uma agência do Bradesco na Vila União, em Fortaleza.

Também na capital cearense, o Grupo de Ações Taricas Especiais (Gate) foi chamado para recolher e detonar uma bomba deixada em uma das colunas de um viaduto da avenida Washington Soares, próximo à fábrica da cachaçaria Ypióca. Por mais de uma hora, a PM bloqueou a via e desvio o tráfego pela rua Eudes Cardoso.

Na madrugada desta quarta para quinta-feira (3), os criminosos explodiram parcialmente uma coluna de um viaduto localizado em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza. Ao menos nove pessoas foram autuadas por suspeita de envolvimento com os ataques.

Os faccionados também foram ousados ao explodir um veículo que estava recolhido num estacionamento improvisado do 27º Distrito Policial, no bairro João XXIII, em Fortaleza. Homens em duas motos e dois carros, lançaram uma bomba entre os automóveis apreendidos da delegacia.

A explosão, segundo um policial que pediu para não ser identificado, foi ouvida em bairros vizinhos ao João XXIII. O que indicaria o uso de dinamite.

Os ataques das facções seriam uma reação ao discurso do novo secretário da Administração Penitenciária, Mauro Albuquerque. Na última quarta-feira, ele afirmou que não reconhece o poder das facções nas cadeias e que presos têm de ir para onde há vagas e não para os presídios dominados por grupos específicos do crime organizado. Desde 2016 às cadeias no Ceará são divididas por facções.

Foto: O Povo
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Foto: WhatsApp/O Povo
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Tropas federais

Em nota divulgada no fim da noite de quinta, 3, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, negou o envio imediato de tropas federais para o Ceará, mas disse que a Força Nacional foi mobilizada 'para se deslocar ao Estado em caso de deterioração da segurança'. Mais cedo, o governador Camilo Santana (PT) pediu o envio do Exército para conter a onda de crimes.

Moro determinou que a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e o Departamento Penitenciário Nacional tomem providências para auxiliar o governo do Ceará no combate aos ataques por meio de investigação e repressão aos crimes registrados. O ministro incluiu na medida a oferta de vagas no sistema penitenciário federal.

Pelo menos 16 veículos foram incendiados desde o início do ataque, informou balanço divulgado pela Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social cearense e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros.

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