Rio de Janeiro

Políticos e artistas criticam progressão para prisão domiciliar de assassino de João Hélio

João Hélio, de seis Anos, foi arrastado por sete quilômetros durante um assalto e morreu em 2007. Á época, o crime comoveu o País

JC Online
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Publicado em 30/08/2019 às 16:17
Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
João Hélio, de seis Anos, foi arrastado por sete quilômetros durante um assalto e morreu em 2007. Á época, o crime comoveu o País - FOTO: Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
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Carlos Roberto da Silva, conhecido como Carlinhos sem pescoço, é um dos cinco condenados pelo assassinato do garoto João Hélio, no ano de 2007. À época, o crime chocou o País. O menino, que tinha seis anos, foi arrastado por 7 quilômetros em um assalto ao carro de sua mãe, no Rio de Janeiro. Nesta semana, Carlos, que foi condenado a 39 anos de prisão, ganhou o direito a Prisão Albergue Domiciliar (PAD). Nas redes sociais, a decisão gerou críticas por parte de políticos, artistas e jornalistas.

Por meio do Twitter, a escritora Glória Perez solicitou a aprovação do pacote Anticrime do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, para que a possibilidade deste tipo de progressão seja reduzida. "Que venha o pacote do Moro, para que nunca mais a extrema crueldade contra uma criança seja premisda com a impunidade!", escreveu.

Por sua vez, Sergio Moro retuitou o que Glória escreveu e acrescentou: "Responsável por assassinato brutal de criança, embora condenado a 39 anos de prisão, foi na prática libertado após dez anos. Barata a vida humana no Brasil. Em outros países, seria perpétua. O projeto de lei anticrime, se aprovado, impediria essa vergonhosa injustiça", escreveu o ministro.

O jornalista Alexandre Garcia também se posicionou contra a decisão da justiça. "Em 7.2.2007 o sangue de João Hélio, 6 anos, ungia ruas do Rio, arrastado até a morte. Dez dias depois, a cidade festejava o carnaval. E o assassino agora vai “cumprir pena em casa'", protestou.

Primeiramente, Carlos Roberto iria cumprir pena em regime aberto, que é pago em Casas de Albergardo. Atualmente, a cidade do Rio de Janeiro só possui uma unidade. Com isso, foi permitido que o preso continue a cumprir pena em sua própria residência. Ele será monitorado por tornozeleira eletrônica.

Relembre o caso

O crime ocorreu no dia 7 de fevereiro de 2007. Quando a mãe de João Hélio, Rosa Cristina, voltava com o menino e sua outra filha, Aline, bandidos armados abordaram o veículo da família. Os criminosos ordenaram que os três deixassem o carro.

Aline e Rosa conseguiram sair rapidamente do veículo. Porém, João ficou preso ao cinto de segurança e foi arrastado por sete quilômetro.

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