REMUNERAÇÃO

Procurador reclama de salário: 'Como é que o cara vai viver com R$ 24 mil?'

Em áudio, um procurador de Minas Gerais diz que está baixando padrão de vida. 'Vamos virar pedintes?'

Do Correio para a Rede Nordeste
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Publicado em 10/09/2019 às 11:11
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Em áudio, um procurador de Minas Gerais diz que está baixando padrão de vida. 'Vamos virar pedintes?' - FOTO: Foto: Reprodução/Google Street View
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"Como é que o cara vai viver com R$ 24 mil?". Esse questionamento inusitado partiu do procurador Leonardo Azeredo dos Santos, durante uma reunião em agosto para discussão do orçamento de 2020 do Ministério Público de Minas Gerais. Um rádio divulgou nesta segunda-feira (9) um áudio do procurador reclamando do "miserê" que recebe.

Leonardo quer saber se os salários vão aumentar no ano que vem. "O que de fato nós vamos fazer para melhorar a nossa remuneração? Ou nós vamos ficar quietos?", questiona, depois do procurador-geral de Justiça de Minas, Antônio Sérgio Tonet, informar que se o Estado assinar o acordo de recuperação fiscal com o governo federal não deve haver reajuste para o MP-MG.

O procurador afirma que já está com padrão de vida mais baixo por causa do salário que recebe. 

O Portal da Transparência mostra que Leonardo recebe um valor bruto de R$ 35.462,22 - com descontos, o valor vai para cerca de R$ 24 mil. De janeiro a julho, indenizações e outros rendimentos na folha somam valores que passam dos R$ 20 mil, contudo. Em junho, ele teve valor líquido de R$ 50.104,64 de salário por conta de uma indenização e outras verbas acrescidas.

“Dentro do orçamento, não há nenhuma perspectiva, nenhum sonho, de incrementar qualquer tipo de vantagem que aumente nossa remuneração? Ou plantão? Ou qualquer coisa que aumente remuneração?”, quer saber Leonardo durante a reunião.

O que dizem os envolvidos

O procurador não se manifestou sobre o áudio. Já o Ministério Público de Minas Gerais divulgou nota afirmando que não há nenhum projeto em andamento sobre adoção de benefícios pecuniários para a carreira de procuradores e promotores de Justiça por conta da crise financeira que vive o Estado. O MP ainda informou que vem tomando todas as medidas cabíveis para reduzir gastos, especialmente com folha de pessoal, visando mantê-los dentro do limite legal de 2% da Receita Corrente Líquida.

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