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Após desabamento em Fortaleza, especialista alerta para manutenção predial

Em entrevista ao JC, o consultor condominial Roberto Fagundes explica que não existe a cultura de se fazer a análise da estrutura dos edifícios

JC Online
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Publicado em 16/10/2019 às 8:15
Foto: Fábio Lima/O Povo
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O caso do edifício Andréa, onde ao menos duas pessoas morreram após desabamento em Fortaleza, escancara um problema que muitas vezes é comum a muitos condomínios, que é a questão da manutenção predial. Em entrevista ao Jornal do Commercio, o consultor condominial Roberto Fagundes explica que não existe a cultura de se fazer a análise da estrutura dos edifícios, principalmente nos mais antigos, e que isso é um problema grave a se administrar.

“Há dificuldades porque envolve taxa extra. Existe ainda uma cultura geral entre as pessoas que o apartamento não faz parte do todo. O síndico ainda tem problemas pela falta de conhecimento. Isso faz com que se crie um passivo grande na questão estrutural”, disse.

Fagundes ainda aponta que nos prédios antigos, ao contrário dos mais recentes, não existe um plano de manutenção, o que torna a recuperação ainda mais complicada por haver diversos fornecedores diferentes para cada serviço. “Nos prédios mais novos, as construtoras são obrigadas a entregar um plano de manutenção, mas nos antigos não existe isso e vira mais um desafio”, comenta.

Outro problema difícil de controlar diz respeito às reformas internas feitas pelos próprios moradores. “O síndico tem que ser informado dessas reformas e vistoriar. É complicado porque alguns não avisam sobre reformas, que devem ser acompanhadas por especialistas”, pontua Roberto.

Em Pernambuco, a Lei 13.441, de 2007, estabelece que o período ideal para vistoria nos prédio é de cinco anos para as edificações com menos de 20 anos e três para as que vão além disso. Em prédios comerciais, a recomendação é de vistoria de três em três anos.

Foto: Fábio Lima/O Povo
Nesta terça (15), um prédio de sete andares desabou em Fortaleza - Foto: Fábio Lima/O Povo
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Seguro entra na mira

Apesar de obrigatório, cerca de 80% dos prédios do País não possuem nenhum plano de apólice, segundo estimativas do setor. Caso haja algum sinistro nessas edificações, os síndicos são obrigados a pagar os prejuízos do próprio bolso. Se não puderem arcar, os donos dos imóveis perdem tudo

"Não só obrigatório como indispensável e possível de realizar devido ao seu baixo custo. Se pensarmos que, em um prédio com 30 apartamentos, e cada unidade contribuir com 10 parcelas mensais de R$ 20, estaria garantindo seu patrimônio e ninguém pensaria duas vezes", reforçou Carlos Valle, presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros de Pernambuco (Sincor-PE).

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