SAÚDE

Aviões que buscaram brasileiros em Wuhan, epicentro do coronavírus na China, chegam ao Brasil

A ação interministerial foi batizada de Operação Regresso à Pátria Amada Brasil

JC Online e Agência Brasil
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Publicado em 08/02/2020 às 17:51
Foto:Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Os dois aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) que trouxeram os 34 brasileiros de Wuhan, na China, epicentro do surto mundial do coronavírus, e cidadãos de outros países pousaram na Base Aérea de Anápolis, em Goiás, às 6h05 e 6h12 deste domingo (9), vindas de Fortaleza, última escala técnica no trajeto da chamada Operação Regresso. A informação foi divulgada pela Força Aérea Brasileira (FAB), no Twitter. 

 

O resgate foi feito na cidade chinesa de Wuhan, epicentro do surto mundial do coronavírus. As aeronaves também trouxeram quatro poloneses e um chinês que desembarcaram em Varsóvia, na Polônia, um dos locais de escala para abastecimento.

Os repatriados vão permanecer em quarentena por 18 dias, no hotel de trânsito da Base Aérea de Anápolis, que foi especialmente preparado para essa operação. A tripulação –médicos, pilotos, enfermeiros, etc... – que participou do resgate também vai cumprir período de quarentena.

Todos ficarão em apartamentos individuais ou, no caso dos que são pais ou mães de crianças menores, poderão ficar no mesmo quarto. O grupo inclui crianças de 2 e 3 anos e outras de 7 a 12 anos. As visitas estão proibidas.

Os dois aviões da FAB com os resgatados a bordo decolaram de Wuhan, na China, no início da noite de sexta-feira (7). No trajeto para o Brasil, as aeronaves pararam para reabastecimento em Ürumqi (China), Varsóvia (Polônia), Las Palmas (Espanha), e em Fortaleza, já em território brasileiro.

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Decolagem

No início da noite da última sexta-feira (7), as duas aeronaves decolaram de Wuhan, na China, com os 34 resgatados a bordo. Foram feitas quatro escalas técnicas de reabastecimento: em Ürumqi, na China, Varsóvia, na Polônia, Las Palmas, na Espanha, e já no Brasil, em Fortaleza. Em Varsóvia, desembarcaram quatro cidadãos poloneses, um indiano e uma chinesa. Na quinta-feira (6), o presidente Jair Bolsonaro autorizou a carona para cidadãos de outros países amigos que a solicitassem.

Os cidadãos resgatados ficarão em apartamentos individuais ou, no caso dos que são pais ou mães de crianças menores, poderão ficar no mesmo quarto. O grupo inclui crianças de 2 e 3 anos e outras de 7 a 12 anos. As visitas estão proibidas.

A quarentena em Anápolis

A Base Aérea de Anápolis, em Goiás, está pronta para receber os brasileiros repatriados da China. Uma comitiva formada pelos ministros da Defesa, Fernando Azevedo, e da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, além do governador do estado, Ronaldo Caiado, e o prefeito da cidade, Roberto Naves, visitou as instalações que vão receber os 34 brasileiros e familiares resgatados de Wuhan, na China, cidade que é o epicentro do surto mundial do coronavirus. Os repatriados deverão permanecer em quarentena por 18 dias, no hotel de trânsito da Força Aérea, que foi especialmente preparado para essa operação.

Todo o perímetro da área reservada aos repatriados tem 900 metros quadrados. Eles terão atendimento médico e odontológico gratuito e vão receber seis refeições diárias. O esquema será semelhante ao de um hotel, com serviço de quarto 24 horas e monitoramento permanente. Também foi instalada brinquedoteca para o entretenimento das crianças que fazem parte do grupo. Até mesmo uma sala de cinema foi montada e servirá ainda como auditório coletivo, na área externa do hotel. O uso de internet também está liberado, por meio de um rede wifi. Fora dos apartamentos, o uso de máscara de proteção  será obrigatório, para evitar contaminação.

O prefeito de Anápolis procurou tranquilizar a população da cidade afastando qualquer risco de contaminação. "A população anapolina pode ficar tranquila. Tudo que nós falamos naquela coletiva de imprensa, de que essas pessoas ficarão isoladas, ficarão em quarentena, as pessoas que tiverem contato também estarão em quarentena. Existe toda uma estrutura montada, preocupação no que diz respeito até com as roupas que essas pessoas trarão", disse Roberto Naves.

Além dos 34 repatriados, 24 pessoas que participaram da operação, entre médicos, militares e equipe de comunicação, incluindo um cinegrafista da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), ficarão em quarentena.

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