GUERRA

ONU cobra da Síria autorização para investigar denúncias de violações no país

Existem informações de pelo menos 1,1 mil mortos e 10 mil presos desde o início dos protestos

Renata Giraldi
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Renata Giraldi
Publicado em 09/06/2011 às 17:03
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BRASÍLIA – A Alta Comissária da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Navi Pillay, cobrou nesta sexta-feira (9) do governo do presidente da Síria, Bashar Al Assad, que autorize a presença de uma comissão especial de investigação para apurar as denúncias de violações e crimes de guerra. O país vive protestos diários para a renúncia do presidente desde março. Os conflitos se intensificaram nos últimos dias.

Paralelamente, Pillay condenou, por meio de sua assessoria, a repressão violenta das forças de segurança contra as manifestações no país. O porta-voz da Alta Comissária para os Direitos Humanos, Rupert Colville, falou que há informações de pelo menos 1,1 mil mortos e 10 mil presos desde o início dos protestos.

"Autoridades do governo parecem manter sua política de esmagar qualquer sinal de protesto e divergência. O que é extremamente alarmante. Quanto tempo está essa situação? Quantas mais pessoas morrerão?", reagiu Colville.

Por intermédio de seu porta-voz, Pillay registrou seu repúdio às informações de que um adolescente, de 13 anos, foi torturado e morto por seguranças ligados a Assad. Amigos da família do adolescente relataram que o corpo do garoto tinha sinais de violência e os órgãos decepados.

Os manifestantes, que reivindicam a renúncia de Assad, alegam que a família do atual presidente comanda a Síria há mais de 30 anos. Segundo os adversários do governo sírio, Assad é autoritário e há cerceamento às liberdades de expressão no país.

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