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Número de mortos em atentado suicida na Nigéria chega a 41

Ataque ocorreu em Sabon Gari, um bairro majoritariamente cristão de Kano, maior cidade do norte de maioria muçulmana

Da AFP
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Da AFP
Publicado em 19/03/2013 às 18:14
Foto: Aminu Abubakar/AFP
Ataque ocorreu em Sabon Gari, um bairro majoritariamente cristão de Kano, maior cidade do norte de maioria muçulmana - FOTO: Foto: Aminu Abubakar/AFP
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KANO (Nigéria) - Um atentado suicida que atingiu ônibus lotados de passageiros na segunda-feira em Kano, norte da Nigéria, deixou 41 mortos, segundo um novo registro, em um ataque "bárbaro", nas palavras do presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, que reafirmou sua determinação "em combater o terrorismo".

Segundo uma autoridade dos serviços de socorro, que pediu para não ser identificada, 20 vítimas foram registradas no hospital Aminu Kano, e outras 21 mortos deram entrada no hospital Murtala Mohammed. A polícia havia divulgado nesta terça à tarde um registro de 22 mortos e 65 feridos.

"Dois terroristas suicidas jogaram seu veículo com uma carga explosiva contra um ônibus cheio de passageiros no primeiro ponto em direção ao sul do país. A explosão atingiu cinco ônibus no total e os passageiros que esperavam para entrar", indicou à AFP Magaji Majia, porta-voz da Polícia.

O ataque ocorreu em Sabon Gari, um bairro majoritariamente cristão de Kano, maior cidade do norte de maioria muçulmana. Kano é regularmente alvo de ataques violentos praticados pelo grupo islâmico radical Boko Haram, considerado responsável pela morte de centenas de pessoas na Nigéria desde 2009. 

Em um comunicado oficial, em que não cita explicitamente o Boko Haram, o presidente Jonathan "condenou nos termos mais fortes" este novo ataque "bárbaro" em Kano.

O governo federal "não abandonará, por qualquer razão que seja, a sua guerra permanente contra os terroristas no país", afirma o chefe de Estado.

Ele afirma "aos nigerianos e aos estrangeiros que vivem no país" que "o governo continuará a tomar todas as medidas necessárias para dar segurança (...) para neutralizar a ameaça do terrorismo".

Essas declarações também são consideradas uma reação à polêmica e às queixas recorrentes à ineficácia das forças de segurança em sua luta contra o Boko Haram, enquanto o Exército e a Polícia são frequentemente  acusados de violar os direitos humanos em suas campanhas de repressão aos islamitas.

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