O primeiro dia de paralisação do governo federal dos Estados Unidos foi marcado por expressões de raiva e frustração do público norte-americano, mas isso não foi suficiente para que o Congresso sinalizasse que está perto de um acordo para solucionar o impasse.
O Senado voltou a rejeitar três pacotes de gastos propostos pelos republicanos da Câmara. Além disso o senado norte-americano votou contra a tentativa dos republicanos de estabelecer negociações formais para reverter o impasse e fazer mudanças no programa de reforma do sistema de saúde do presidente Barack Obama, incluindo o adiamento de um ano da exigência para que os cidadãos adquiram o plano de saúde.
Aparentemente implacáveis, líderes republicanos da Câmara disseram que vão tentar essa abordagem novamente nesta quarta-feira.
No começo do dia, o líder da maioria republicana na Câmara, Eric Cantor, disse que os republicanos da Casa querem negociar com os senadores democratas, acrescentando que ambos podem chegar a uma legislação comum para garantir pagamento aos militares durante a paralisação.
Além disso, Cantor disse que os dois partidos "concordam em muita coisa" e que deseja se encontrar com os democratas para resolver as diferenças fiscais. O líder republicano na Câmara disse ainda que os republicanos querem criar um comitê conjunto da Câmara e do Senado, apesar de terem se oposto a isso por mais de seis meses.
Por outro lado, o líder da maioria democrata no Senado, Harry Reid, foi ao plenário do Senado ridicularizou cantor e disse que os democratas do Senado entrarão em negociações com os republicanos só após o governo federal reabrir. Ele afirmou que o presidente da Câmara, John Boehner, "detém a chave" para a reabertura do governo federal.
Já o senador democrata Dick Durbin disse que os seus correligionários estão convencidos de que devem "adotar uma postura" na luta pelo teto da dívida mesmo que isso signifique uma paralisação prolongada do governo federal.
Enquanto isso, os legisladores de ambos os partidos estão se perguntando abertamente se o caos provocado pela paralisação do governo federal se juntará ao cataclismo potencial em função de um impasse do teto da dívida.
