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Senador boliviano aguarda decisão do Brasil sobre pedido de asilo

A família do parlamentar vive em Epitaciolândia (Acre) desde o começo de 2012

Da Agência Brasil
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Publicado em 07/10/2013 às 7:00
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Há mais de um mês e meio no Brasil, o senador boliviano de oposição Roger Pinto Molina aguarda a definição do governo brasileiro sobre seu pedido de asilo político. O parlamentar decidiu esperar a decisão em Brasília. Ele passou a última semana com a família – a mulher, as três filhas e dois netos – em Rio Branco, no Acre. A família do parlamentar vive em Epitaciolândia (Acre) desde o começo de 2012. Pinto Molina pediu asilo ao Brasil alegando perseguição política e uma série de riscos se permanecesse em território boliviano.

A bancada evangélica na Câmara, formada por 76 deputados, marcou para o próximo dia 15 uma reunião com Pinto Molina. De acordo com os parlamentares, o boliviano é um defensor do combate às drogas na América Latina, tema considerado prioritário pela bancada. Molina é acompanhado de perto pelo senador Sérgio Petecão (PDC-AC), que o hospeda.

“Esperamos que em breve o Comitê Nacional para os Refugiados [Conare] defina de forma positiva a situação do senador”, ressaltou o advogado Fernando Tibúrcio Peña, que o defende. “A nossa confiança está depositada na biografia, na história e na luta de Molina. O esforço dele em defesa da democracia e do combate às drogas agora é conhecido de todos.”

O caso do senador boliviano levou Tibúrcio a ser convidado a participar do Fórum Sistema Judicial Político – O Estado Judicial na América Latina, em Washington (Estados Unidos). O advogado participará das discussões que ocorrerão no Capitólio e devem reunir também parlamentares norte-americanos, além de especialistas da Argentina, do Equador, da Bolívia e da Venezuela. “O convite é uma demonstração da preocupação dos norte-americanos sobre o que ocorre com o senador”, disse ele.

Depois de 455 dias abrigado na Embaixada do Brasil na Bolívia, o senador de oposição chegou ao Brasil em agosto. A retirada dele de La Paz provocou um impasse diplomático entre o Brasil e a Bolívia, gerando, inclusive, a substituição do então ministro das Relações Exteriores Antonio Patriota pelo novo chanceler Luiz Alberto Figueiredo Machado.

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