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Primeira-ministra tailandesa rejeita exigências de manifestantes

A polícia usou gás lacrimogêneo, como no último domingo, para defender a Casa de Governo, que conta com um rígido esquema de proteção, cercada por blocos de cimento e alambrados

Da AFP
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Publicado em 02/12/2013 às 8:21
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A primeira-ministra da Tailândia, Yingluck Shinawatra, rejeitou nesta segunda-feira (2) as exigências dos manifestantes, que desejam substituir seu governo por um "conselho popular", em seu primeiro discurso exibido na televisão desde as violentas manifestações do último sábado (30).

"Estou disposta a fazer todo o possível para que o povo seja feliz. Mas como primeira-ministra, o que faço deve estar de acordo à Constituição", declarou. Ela rejeitou a ideia de um "conselho do povo" que não tenha surgido das eleições.

"É possível citar a possibilidade de renunciar ou de dissolver o Parlamento, se isto tranquilizar os manifestantes e a calma for restaurada", completou, antes de convocar a oposição, mais uma vez, a negociar.

Novos conflitos foram registrados na manhã desta segunda-feira na Tailândia entre as forças de segurança e milhares de manifestantes opositores que desejam a queda do governo.

A polícia usou gás lacrimogêneo, como no domingo, para defender a Casa de Governo, que conta com um rígido esquema de proteção, cercada por blocos de cimento e alambrados.

Os manifestantes - uma aliança excêntrica da burguesia conservadora ligada ao opositor Partido Democrático e de pequenos grupos ultramonárquicos - são muito hostis ao irmão de Yingluck, o bilionário Thaksin Shinawatra.

Os manifestantes - que no domingo eram 70.000 na capital, segundo a polícia, contra quase 180.000 há uma semana - acusam Thaksin, ex-primeiro-ministro derrubado por um golpe de Estado em 2006, de ser quem decide realmente na política do país, apesar de seu exílio em Dubai.

A violência explodiu no sábado à noite quando "camisas vermelhas" pró-governo, a bordo de um ônibus, começaram a atirar pedras contra os opositores. Um homem de 21 anos, primeira vítima da revolta, foi morto a tiros em circunstâncias confusas.

Mais três pessoas morreram e 57 ficaram feridas, segundo as equipes de emergência. Pelo menos dois "camisas vermelhas" estão entre as vítimas, segundo a polícia. 

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