DESPEDIDA

Mistura de tristeza, alegria e orgulho marca a cerimônia de homenagem a Mandela

Cerca de 100 chefes de Estado e de governo foram a Joanesburgo se despedir do líder político

Da AFP
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Publicado em 10/12/2013 às 14:15
Foto: Marco Longari / AFP
Cerca de 100 chefes de Estado e de governo foram a Joanesburgo se despedir do líder político - FOTO: Foto: Marco Longari / AFP
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"Viva Tata Madiba, viva!", gritavam os sul-africanos que caminhavam, corriam e cantavam apesar da forte chuva que caiu sobre a cidade de Joanesburgo, em direção ao estádio de Soweto (também conhecido como Soccer City), determinados a homenagear o Tata (Pai) Nelson Mandela.

"Se ele foi capaz de ficar atrás das grades por 27 anos por nós, o que é um dia de chuva forte?", refletiu Musa Mbele.

Milhares de pessoas usaram o serviço de trem grátis que foi oferecido para chegarem do centro de Joanesburgo até o estádio, misturando-se com animação nas plataformas de embarque e nos compartimentos do trem - homens e mulheres de todas as idades e raças.

"Estou indo para o memorial para me sentir mais perto do espírito nacional, para sair da minha bolha", disse o africâner branco Marcel Boezaart, de 26 anos.

Uma nação jovem e ainda marcada por vários problemas se despede com alegria do seu precioso herói, ex-presidente e fundador de uma sociedade livre do apartheid.

"Eu nasci livre", disse a estudante de engenharia de 19 anos Luyanda, com um grande sorriso. "Nos primeiros dias após a morte de Mandela, eu chorei, mas hoje é um dia de celebração", completou.

Os sul-africanos começaram a se reunir antes do amanhecer para garantir um lugar no estádio e se juntar aos cerca de 100 chefes de Estado e de governo que vieram prestar homenagens à vida e ao legado de Mandela.

No começo do dia, a cerca de 70 quilômetros dali, na base aérea de Waterkloof, aviões traziam os líderes mundiais da China, Alemanha, Brasil e de todas as partes do mundo.

Enquanto as arquibancadas do estádio se enchiam, a estrutura física parecia se mover como uma onda. A multidão batia os pés e dançava em unidade, numa "ola" gigante.

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