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Ex-presidente diz que Ucrânia está à beira da guerra civil

?Existem autoridades paralelas no país e existe de fato um levante?, disse Kravchuk

Da ABr
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Publicado em 29/01/2014 às 16:08
Foto: SERGEI SUPINSKY / AFP
?Existem autoridades paralelas no país e existe de fato um levante?, disse Kravchuk - FOTO: Foto: SERGEI SUPINSKY / AFP
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O ex-presidente ucraniano Leonid Kravchuk disse nesta quarta-feira (29) no Parlamento, em Kiev, que o conflito entre as autoridades e os manifestantes deixa a Ucrânia “à beira da guerra civil”. “Todo o mundo sabe e toda a Ucrânia sabe que o país está à beira da guerra civil”, disse Kravchuv, o primeiro chefe de Estado após a independência do país (1991-1994).

“Existem autoridades paralelas no país e existe de fato um levante”, disse Kravchuk referindo-se aos manifestantes antigovernamentais que mantêm os protestos e que já tomaram os prédios de algumas instituições administrativas em várias partes do país.

“É uma revolução. É uma situação dramática sobre a qual temos de atuar com grande sentido de responsabilidade”, disse Kravchuk. “Temos de aliviar o confronto entre as partes e chegar a um acordo com um plano capaz de resolver o conflito. Temos de trabalhar neste plano, passo a passo, no sentido de aliviar o confronto”, acrescentou.

O Parlamento ucraniano está nesta quarta no segundo dia de sessões extraordinárias debruçando-se sobre as tensões e vai debater ainda a anistia que poderá ser concedida às dezenas de ativistas da oposição que foram presos durante os protestos.

O presidente Viktor Ianukovitch propôs uma anistia para todos os manifestantes que estão presos e que não estão envolvidos em “crimes sérios” em troca da saída dos prédios governamentais e da desocupação das ruas repletas de ativistas.

As manifestações contra o governo começaram em novembro, depois que Ianukovitch – sob influência da Rússia – impediu acordo comercial entre a Ucrânia e a União Europeia.

Na terça (28), o primeiro-ministro ucraniano, Mykola Azarov, pediu demissão do cargo, em uma tentativa de aliviar a crise enfrentada há dois meses pelo país. Os manifestantes e os partidos da oposição, entretanto, exigem a demissão de Ianukovitch e a realização de eleições.

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