novo acordo

Países da União Europeia aprovam mandato para negociar com Cuba novo acordo bilateral

O próximo passo é que os embaixadores avancem nas discussões na próxima semana e incluam a questão na agenda do próximo Conselho de Relações Exteriores, no início de fevereiro

Da AFP
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Publicado em 29/01/2014 às 20:37
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Os países da União Europeia (UE) alcançaram nesta terça-feira (28) um "novo acordo global" que concede mandato à Comissão Europeia e ao serviço diplomático para negociar com Cuba, a fim de "consolidar as relações existentes", indicou nesta quarta-feira (29) uma fonte diplomática.

O novo acordo com Cuba "servirá para promover o comércio e as relações econômicas", acrescentou a fonte, ressaltando que "estamos extremamente conscientes dos aspectos relativos aos direitos Humanos".

O acordo "incentivará o processo de reformas e estabelecerá um diálogo com base no respeito aos direitos Humanos", acrescentou a fonte ao comentar o chamado "Diálogo Político e Acordo de Cooperação".

O acordo alcançado esta semana entre os 28 países membros foi a nível de especialistas.

O próximo passo é que os embaixadores avancem nas discussões na próxima semana e incluam a questão na agenda do próximo Conselho de Relações Exteriores, no início de fevereiro.

Após a retirada da Polônia e da República Checa de suas reservas ao mandato, o tema foi bloqueado pela relutância da Alemanha, segundo várias fontes diplomáticas. "Antes de aceitar este mandato, a Alemanha solicitou que as questões dos direitos Humanos recebessem maior atenção", informou outra fonte diplomática.

"Já é hora da UE atualizar suas relações com Cuba, com base em todos os fatos que estão em curso", disse no início deste mês em Havana o chanceler holandês Frans Timmermans.

A cooperação europeia com Cuba foi suspensa em 2003, após a prisão de 75 dissidentes na ilha, e retomadas em outubro de 2008 por meio de um diálogo político.

Desde então, Havana assinou acordos bilaterais com quinze países da União Europeia, mas o bloco mantém a "posição comum" adotada em 1996, que condiciona os laços com Cuba aos progressos em matéria de direitos Humanos.

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