O governo espanhol, criticado pela oposição de esquerda e os sindicatos sanitários por registrar a primeira infecção de Ebola fora da África, anunciou nesta sexta-feira a criação de um comitê especial para gerir a crise.
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"Quero informar sobre a criação de um comitê especial para a gerir na Espanha a doença e o vírus Ebola", declarou a vice-presidente do governo, Soraya Sáenz de Santamaría, em coletiva de imprensa ao término de um conselho de ministro.
O chefe do Governo, Mariano Rajoy, visitou nesta sexta-feira o hospital onde se encontra internada a auxiliar de enfermagem infectada pelo vírus.
"Há muita gente que está trabalhando em um momento que, todos nós sabemos, é complexo e difícil", afirmou Rajoy antes de entrar no centro médico. "Estou totalmente convencido de que se fará tudo o que for necessário para superar esta crise", acrescentou.
Teresa Romero, 44 anos e que cuidou de dois missionários espanhóis repatriados com Ebola em agosto e setembro, vindos da Libéria e de Serra Leoa, se converteu na segunda-feira na primeira pessoa infectada pelo vírus fora do continente africano.
A ministra da Saúde, Ana Mato, foi duramente criticada pela oposição de esquerda pela gestão de uma doença para a qual, segundo os sindicatos de saúde, o pessoal médico não dispunha nem de material ou formação adequados.