O Papa Francisco desejou nesta sexta-feira aos Prêmios Nobel da Paz reunidos em Roma que seu engajamento produza "uma colheita abundante de paz no mundo", em uma mensagem lida por um cardeal do Vaticano.
Francisco, que recebe todos os dias muitos convidados dos cinco continentes no Vaticano, não concedeu uma audiências aos Nobel, entre os quais o Dalai Lama, líder espiritual dos budistas tibetanos. Segundo fontes bem informadas, ele preferiu não recebê-los para evitar ofender a China e colocar em risco de retaliação os católicos chineses.
O Papa "é profundamente grato pelo empenho dos participantes desta cúpula para a promoção da paz e da fraternidade entre os povos, e seus esforços para encontrar soluções para os conflitos de hoje", escreveu o cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado da Santa Sé, em nome do Papa Francisco.
A mensagem também presta homenagem ao Prêmio Nobel da Paz e ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, que morreu em 2013, e "cujo legado da não-violência e da reconciliação continua a inspirar o mundo". A 14ª Cúpula dos laureados do Prêmio Nobel da Paz vai de sexta a domingo, no Auditório Parco della Musica, em Roma.
Além do Dalai Lama, o ex-líder soviético Mikhail Gorbachev, o ex-líder do sindicato Solidarnosc e presidente da Polônia, Lech Walesa, Shirin Ebadi (Irã), Leymah Gbowee (Libéria), Tawakkol Karman (Iêmen), Belly Williams, Mairead Maguire e David Trimble (Irlanda do Norte), José Ramos-Horta (Timor Leste), Jody Williams (EUA) estavam presentes. O arcebispo sul-africano Desmond Tutu não conseguiu viajar a Roma por causa de seu câncer de próstata.