Colômbia

Libertado soldado colombiano que estava em poder das Farc

Na quinta-feira, as Farc já tinham informado sobre a ativação do protocolo humanitário especial para libertar o soldado do Exército

Da AFP
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Publicado em 26/12/2014 às 17:27
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Na quinta-feira, as Farc já tinham informado sobre a ativação do protocolo humanitário especial para libertar o soldado do Exército - FOTO: Foto: LUIS ROBAYO / AFP
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Um soldado do Exército colombiano que estava em poder da guerrilha comunista das Farc foi libertado nesta sexta-feira na zona rural do departamento (estado) do Cauca, sudoeste da Colômbia - informou o grupo insurgente.

"O soldado Carlos Becerra Ojeda foi libertado no dia de hoje por guerrilheiros da coluna Jacobo Arenas, das Farc. O fato ocorreu na zona rural do município de Jambaló (Cauca)", informou o grupo rebelde em um comunicado, publicado na página da internet pazfarc-ep.org.

O militar foi entregue a uma comissão humanitária composta por representantes do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICR), dos países garantes dos diálogos de paz - Cuba e Noruega - e do governo da Colômbia.

No comunicado, as Farc disseram que a libertação "beneficia o capturado em combate, ao transformá-lo em sujeito de direitos e proteção".

Na quinta-feira, as Farc já tinham informado sobre a ativação do protocolo humanitário especial para libertar o soldado do Exército. O militar havia sido capturado em 19 de dezembro, também no estado do Cauca.

"Informamos ao país que, no dia de hoje, pôs-se em marcha o protocolo humanitário especial para a libertação do soldado profissional Carlos Becerra Ojeda, capturado em combate, em 19 de dezembro passado, no departamento do Cauca" - informou a delegação de paz das Farc em um comunicado divulgado em Havana.

O texto acrescentava que o militar seria libertado "nos próximos dias".

No final de novembro, as Farc já haviam libertado o general do Exército Rubén Darío Alzate. Sua captura, junto com outras duas pessoas, provocou a suspensão temporária das negociações de paz, processo em andamento entre a guerrilha e o governo colombiano desde novembro de 2012.

Os diálogos de Havana transcorrem sem um cessar-fogo bilateral na Colômbia, já que o presidente Juan Manuel Santos argumenta que a guerrilha poderia usá-lo para se fortalecer militarmente.

Meio século depois, o conflito na Colômbia já deixou cerca de 220 mil mortos e 5,3 milhões de deslocados.

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