O ex-ditador Efraín Ríos Montt, que governou a Guatemala com mão de ferro entre 1982 e 1983, volta nesta segunda-feira ante a justiça em um novo julgamento por genocídio de indígenas maias durante seu regime de fato.
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Não se sabe ainda se o general reformado de 88 anos comparecerá ao tribunal, já que pediu permissão para ausentar-se alegando problemas de saúde.
Ríos Montt foi condenado em maio de 2013 por outro tribunal a 80 anos de prisão pelo genocídio de 1.771 indígenas maias-ixiles no norte do país durante seu regime.
No entanto, a Corte de Constitucionalidade (CC), máxima instância judicial da Guatemala, anulou a sentença por considerar que foram cometidos erros durante o processo e ordenou que outro julgamento fosse realizado.
Junto a Ríos Montt também será julgado o ex-chefe de inteligência militar, José Mauricio Rodríguez, absolvido no primeiro processo.
Paralelo ao novo julgamento, ex-militar mantém uma batalha legal para que a justiça conceda a ele a anistia concedida a militares e insurgentes em 1986, aplicável a delitos durante a guerra de 1982.
Para as organização de Direitos Humanos, há provas contundentes para demonstrar a culpa do ex-ditador no extermínio dos indígenas.
O regime de fato de Ríos Montt é considerado o mais sangrento da guerra civil que viveu a Guatemala entre 1960 e 1996, e que deixou 200.000 mortos e desaparecidos, segundo a ONU.