Turquia

Presidente turco introduz 'grupo de guerreiros' nas cerimônias oficiais

Cada um dos soldados simboliza um dos 16 "impérios" da história turca, dos nômades Xiongnu da Mongólia, provenientes de Anatólia, no século II antes de nossa era, até os otomanos

Da AFP
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Publicado em 22/01/2015 às 11:26
Foto: ADEM ALTAN / AFP
Cada um dos soldados simboliza um dos 16 "impérios" da história turca, dos nômades Xiongnu da Mongólia, provenientes de Anatólia, no século II antes de nossa era, até os otomanos - FOTO: Foto: ADEM ALTAN / AFP
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A primeira aparição do grupo de 16 guerreiros usando trajes de várias épocas  foi motivo de zombaria nas redes sociais, mas os turcos terão de se acostumar com sua presença protocolar sempre que o presidente islamita-conservador Recep Tayyip Erdogan receber convidados estrangeiros.

A estreia destes soldados, uniformizados com cotas de malha e armados com escudos e espadas com o objetivo de exaltar o orgulho e a história da Turquia, aconteceu há duas semanas, durante a visita do presidente palestino Mahmud Abbas, no luxuoso palácio presidencial que Erdogan mandou construir na periferia de Ancara.

Cada um dos soldados simboliza um dos 16 "impérios" da história turca, dos nômades Xiongnu da Mongólia, provenientes de Anatólia, no século II antes de nossa era, até os otomanos (1299-1923), passando pelos períodos mongóis e seljúcidas, segundo fontes da presidência.

Os memes que esses soldados inspiraram nas redes sociais desagradaram Erdogan.

O decano da faculdade de Medicina de Pamukkale (centro-oeste), por exemplo, foi obrigado a renunciar ao cargo depois de um tuíte irônico: "O que usa uma bata representa o quê?".

Vários especialistas também criticam a visão parcial da história segundo Erdogan. Parte da imprensa criticou a iniciativa como uma tentativa de "seduzir eleitores nacionalistas conservadores e partidários de um regime forte".

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