Novas medidas

EUA ampliam sanções contra venezuelanos

As restrições atingirão também familiares diretos dos implicados

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Publicado em 02/02/2015 às 20:35
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O governo dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira (2) novas sanções contra funcionários e ex-funcionários do governo venezuelano considerados responsáveis ou cúmplices em violações dos direitos humanos no país sul-americano.

A porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Jen Psaki, explicou em um breve comunicado que as novas medidas irão restringir o fornecimentos de vistos para os atingidos.

As restrições atingirão também familiares diretos dos implicados, cujas identidades não serão reveladas devido à legislação que rege a confidencialidade sobre vistos dos EUA.

"Ignorando repetidos pedidos de alteração feita por governos, respeitados líderes e grupos de especialistas, o governo venezuelano continuou demonstrando falta de respeito em relação aos direitos humanos e às liberdades fundamentais", diz a nota do Departamento de Estado.

Plano de derrubada

O anúncio veio pouco após o governo dos EUA tachar de falsa e infundada a acusação do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, de que o vice-presidente dos EUA, Joe Biden, estaria por trás de um plano para derrubá-lo.

No fim de semana passado, Maduro acusou Biden de arquitetar um plano para derrubar seu governo.

Segundo o presidente venezuelano, Biden anunciou sua estratégia a presidentes e premiês de países do Caribe durante conferência de energia em Washington na semana passada.

Além de funcionários e ex-funcionários do governo venezuelano, as restrições de visto se aplicarão a outras pessoas consideradas responsáveis por atos de corrupção pública, de acordo com o Departamento de Estado.

Em julho do ano passado, os EUA já haviam imposto restrições de vistos para 24 autoridades venezuelanas supostamente envolvidas em violações de direitos humanos e repressão a protestos de grupos que se opõem ao governo de Maduro.

Em dezembro, o presidente Barack Obama sancionou lei que prevê sanções contra funcionários venezuelanos responsabilizados por violações dos direitos humanos.

Essas sanções incluem o congelamento de bens e a proibição de emissão de vistos para funcionários venezuelanos relacionados à violência e à repressão nas manifestações estudantis.

Iniciados em fevereiro 2014, estes atos deixaram um saldo oficial de 43 mortos e centenas de feridos.

Nesta segunda, o diretor de Produção da estatal de petróleo PDVSA encarregado da região ocidental, José Luis Parada, foi detido. Ele é acusado de irregularidades na contratação de empresas.


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