Liberdade

Jornalista renuncia à nacionalidade egípcia para ser libertado

Os repórteres foram detidos em dezembro de 2013, junto com o egípcio Baher Mohamed, acusados de trabalhar "ilegalmente" no Egito e de terem "falsificado" informações

Da AFP
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Da AFP
Publicado em 03/02/2015 às 8:29
Foto: KHALED DESOUKI / AFP
Os repórteres foram detidos em dezembro de 2013, junto com o egípcio Baher Mohamed, acusados de trabalhar "ilegalmente" no Egito e de terem "falsificado" informações - FOTO: Foto: KHALED DESOUKI / AFP
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O repórter do canal Al-Jazeera Mohamed Fahmy, que tem cidadania egípcia e canadense, renunciou a sua nacionalidade egípcia para ser libertado rapidamente e expulso por um decreto presidencial, informou a família.

Na segunda-feira à noite, o ministro canadense das Relações Exteriores, John Baird, afirmou que a libertação de Fahmy era iminente, depois que a justiça egípcia libertou no domingo o jornalista australiano Peter Greste.

A decisão foi comemorada pela comunidade internacional, que se mobilizou pela libertação dos dois jornalistas.

Os repórteres foram detidos em dezembro de 2013, junto com o egípcio Baher Mohamed, acusados de trabalhar "ilegalmente" no Egito e de terem "falsificado" informações sobre a violenta repressão das manifestações islamitas, depois que o presidente islamita Mohamed Mursi foi destituído em julho de 2013.

"Ele assinou os documentos há mais de uma semana para indicar que renunciava a sua nacionalidade egípcia", afirmou à AFP um integrante da família de Fahmy, que pediu anonimato. A informação foi confirmada por outra pessoa ligada ao repórter.

Uma lei egípcia promulgada em novembro autoriza, por meio de decreto presidencial, a expulsão de estrangeiros condenados a penas de prisão. Graças ao texto, o australiano Greste foi expulsado, o que também deve acontecer com Fahmy.

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