Um grupo de piratas sequestrou um petroleiro em frente à costa nigeriana, matando o subcomandante grego e fazendo três marinheiros reféns, informou nesta quarta-feira uma porta-voz da guarda costeira grega.
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O petroleiro "Kalamos", de bandeira maltesa, com uma tripulação de 23 pessoas, entre elas 10 gregos, estava fundeado em frente à costa da Nigéria, aguardado para ser carregado no terminal de Qua Iboe, na costa sudeste do país, quando foi abordado, acrescentou a fonte.
A gigante petroleira americana ExxonMobil possui um importante terminal em Qua Iboe.
O ataque ocorreu na noite de terça-feira. Os piratas mataram o segundo capitão e deixaram o navio levando junto os reféns.
Segundo sites especializados, o "Kalamos" é um petroleiro construído no ano 2000, de propriedade da sociedade grega Aeolos Management.
A zona costeira que se estende do Senegal até Angola se tornou, segundo especialistas, no novo alvo da pirataria na África, tomando o lugar do Golfo de Áden, na costa leste africana, onde o fenômeno quase desapareceu após a mobilização de uma marinha militar.
Segundo o Bureau Marítimo Internacional (MIB), entre janeiro e setembro de 2014, houve 33 casos de pirataria e roubo à mão armada nesta região.
Os piratas que operam na costa de Nigéria, Togo e Benin estão sempre armados, são muito agressivos e costumam manter reféns em seu poder por vários dias, segundo a MIB.