Terrorismo

Facção sequestra 30 pessoas em ataques em Camarões e Nigéria

A União Africana decidiu em sua última assembleia criar uma força regional de 7.500 soldados para combater o avanço do grupo jihadista

Da Folhapress
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Publicado em 10/02/2015 às 14:17
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O grupo radical islâmico Boko Haram sequestrou pelo menos 30 pessoas, incluindo oito meninas, e matou sete reféns em dois ataques a ônibus na região fronteiriça entre Camarões e Nigéria desde domingo (8).

Segundo autoridades camaronesas informaram nesta terça (10), as meninas, de idades entre 11 e 14 anos, foram capturadas na cidade de Koza, a 18 km da fronteira com a Nigéria. Outros sete reféns foram mortos e os corpos encontrados na fronteira.

 

 

Do outro lado da fronteira, os extremistas islâmicos invadiram um ônibus no vilarejo de Bama, capturando outras 20 pessoas, incluindo mulheres e crianças. Ainda não se sabe o paradeiro dos reféns das duas ações.

Até o início do ano, o Boko Haram tinha limitado seus atentados à Nigéria, especialmente nos estados de Borno, Adamawa e Yobe, no norte, mas desde janeiro começou uma nova campanha de ataques nos vizinhos Camarões, Chade e Níger.

A União Africana decidiu em sua última assembleia criar uma força regional de 7.500 soldados para combater o avanço do grupo jihadista, e o Chade já enviou centenas de soldados para o norte de Camarões e Nigéria.

Nesta terça, foi a vez de o Parlamento do Níger aprovar por unanimidade o envio de tropas para o norte nigeriano. Nos últimos dias, o país concentrou mais de 3.000 soldados na região sulista de Diffa, na fronteira com a Nigéria, aguardando a aprovação parlamentar para lançar a ofensiva.

Em resposta ao desdobramento de tropas nigerianas, camaronesas e chadianas, o líder de Boko Haram, Abubakar Shekau, publicou na segunda-feira um vídeo no YouTube apontando "a inutilidade" da força regional.

"Sua aliança não conseguirá nada. Juntem todas suas armas e nos enfrente. Damos as boas-vindas. Mandaram sete mil soldados? Por que não 70 milhões? Só sete mil? Por Alá que isso é pouco. Podemos enfrentar eles um por um".

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