Justiça

Jornalistas da Al-Jazeera deixam a prisão no Egito

Tribunal egípcio responsável pelo novo julgamento dos jornalistas determinou a libertação Fahmy após o pagamento de uma fiança de 29.000 euros

Da AFP
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Publicado em 13/02/2015 às 9:21
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Dois jornalistas do canal Al-Jazeera, detidos no Egito por um suposto apoio à oposição islamita, deixaram a prisão nesta sexta-feira, à espera de um novo julgamento, anunciaram as famílias, após mais de um ano de detenção.

O jornalista canadense Mohamed Fahmy e o egípcio Baher Mohamed, condenados a sete e 10 anos de prisão em primeira instância, foram libertados um dia depois da decisão de um tribunal do Cairo a favor da liberdade condicional, para que aguardem um novo julgamento.

"Concluímos os procedimentos para a libertação de meu irmão", declarou à AFP o irmão de Baher Mohamed, Asem Mohamed. "Ele está em casa pela primeira vez em mais de um ano", completou, aliviado.

"Meu irmão foi libertado. Vou pedir férias antes que seja detido de novo", ironizou no Twitter o irmão de Mohamed Fahmy, Adel Fahmy, que agradeceu o apoio de todos.

O tribunal egípcio responsável pelo novo julgamento dos jornalistas determinou a libertação Fahmy após o pagamento de uma fiança de 29.000 euros. No caso de Mohamed a decisão exige em contrapartida o compromisso de comparecimento ao novo julgamento, marcado para 23 de fevereiro.

O governo canadense celebrou a libertação condicional de Fahmy e considerou "inaceitável" um novo processo.

Mohamed Fahmy renunciou à cidadania egípcia com a esperança de aproveitar um decreto presidencial que permite expulsar estrangeiros perseguidos pela justiça. Com base nesta lei, o australiano Peter Greste, outro repórter da Al-Jazeera detido, foi autorizado a retornar para casa no início do mês. 

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