Egito

Novo julgamento de jornalistas da Al-Jazeera adiado no Egito

Em um primeiro julgamento, Fahmy e Greste foram condenados a sete anos de prisão e Mohamed a 10, mas o tribunal de recurso revogou as sentenças em janeiro e ordenou um novo julgamento

Da AFP
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Da AFP
Publicado em 23/02/2015 às 13:02
Foto: KHALED DESOUKI / AFP
Em um primeiro julgamento, Fahmy e Greste foram condenados a sete anos de prisão e Mohamed a 10, mas o tribunal de recurso revogou as sentenças em janeiro e ordenou um novo julgamento - FOTO: Foto: KHALED DESOUKI / AFP
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Um tribunal egípcio adiado para 8 de março o julgamento dos jornalistas da rede Al-Jazeera, acusados de apoiar a Irmandade Muçulmana, entre eles o canadense Mohamed Fahmy, que apelou por um julgamento justo neste caso que provocou indignação internacional.

Detidos em dezembro de 2013, Fahmy, o australiano Peter Greste e o egípcio Mohamed Baher são acusados ??de "falsificar informações" para apoiar a irmandade do presidente islamita Mohamed Mursi, deposto e preso pelo exército em julho de 2013.

No início do processo em 16 de fevereiro, Mohamed e Fahmy ganharam liberdade condicional depois de 400 dias de detenção. Por sua vez, Greste foi expulso dias antes para a Austrália, ao abrigo de um decreto presidencial autorizando a transferência de estrangeiros processados no Egito para seu país de origem.

Em um primeiro julgamento, Fahmy e Greste foram condenados a sete anos de prisão e Mohamed a 10, mas o tribunal de recurso revogou as sentenças em janeiro e ordenou um novo julgamento.

Pouco antes do início da audiência desta segunda-feira, Fahmy disse a jornalistas que ainda espera ser deportado depois de ter renunciado à sua nacionalidade egípcia.

"Nós continuamos a lutar por isso", disse ele. "Espero que o governo canadense esteja ciente de que ainda é possível me tirar dessa bagunça", disse o jornalista, que também pediu um julgamento "justo e equitativo".

Depois de uma breve audiência, o tribunal adiou o julgamento para 8 de março.

O advogado de Fahmy, Khaled Abu Bakr, pediu ao tribunal para retirar o nome de Greste do caso, considerando paradoxal que seja julgado à revelia, quando ele deixou o país legalmente.

Al-Jazeera, que cobriu largamente as manifestações dos partidários de Mursi, continua a denunciar a dimensão "política" do caso. O atual regime do presidente Abdel Fatah al-Sissi, ex-chefe do Exército e arquiteto da destituição de Mursi, acusa o Catar e a rede de apoio à Irmandade Muçulmana.

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