O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rejeitou uma proposta para se reunir com um grupo de senadores democratas durante sua visita a Washington, dizendo que pode criar uma percepção errônea de favorecimento a um partido.
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A negativa de Netanyahu foi confirmada através de uma carta dirigida aos senadores Dick Durbin e Dianne Feinstein.
"Acredito que fazer isso (se reunir) neste momento pode dar a percepção errônea de partidarismo no que se refere a minha visita", respondeu Netanyahu na terça-feira na carta à qual a AFP teve acesso.
John Boehner, presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, convidou Netanyahu a se dirigir ao Congresso no dia 3 de março, mas em uma aparente quebra de protocolo o líder republicano o fez sem consultar a Casa Branca e os líderes democratas do Congresso.
Os senadores democratas, que buscavam uma reunião a portas fechadas com Netanyahu e com a bancada de seu partido, disseram que seu objetivo era buscar "manter o diálogo de Israel com ambos os partidos no Congresso".
Netanyahu também lamentou na carta o ruído gerado pelo convite de Boehner. "Posso garantir a vocês que minha única intenção em aceitar (o convite) é dar voz às grandes preocupações de Israel sobre um potencial acordo nuclear com o Irã que pode ameaçar a sobrevivência do meu país", acrescentou o primeiro-ministro.
O discurso de Netanyahu será realizado duas semanas antes das eleições israelenses. Até agora, dois senadores americanos disseram que não o acompanharão, e mais de vinte democratas declararam que boicotarão o discurso do líder israelense.