Ucrânia

Rússia realiza manobras militares na fronteira com a União Europeia

Desde o início do conflito na Ucrânia, Kiev e os países ocidentais acusam a Rússia de apoiar militarmente os separatistas pró-russos

Da AFP
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Publicado em 25/02/2015 às 15:58
Foto: PHILIPPE DESMAZES / AFP
Desde o início do conflito na Ucrânia, Kiev e os países ocidentais acusam a Rússia de apoiar militarmente os separatistas pró-russos - FOTO: Foto: PHILIPPE DESMAZES / AFP
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A Rússia mobilizou nesta quarta-feira 2.000 soldados em manobras militares na região de Pskov, território fronteiriço com Estônia e Letônia, países membros da União Europeia (UE), indicou à AFP o ministério russo da Defesa.

Os exercícios, que também contam com 500 aviões militares, preveem o salto de 1.500 paraquedistas da aviação russa, disse a porta-voz do ministério, Irina Kruglova.

Durante estas manobras, previstas até sábado, os soldados têm o objetivo de invadir e destruir o aeródromo de um inimigo imaginário, acrescentou.

Desde o início do conflito na Ucrânia, Kiev e os países ocidentais acusam a Rússia de apoiar militarmente os separatistas pró-russos.

Durante este tempo, as forças armadas russas também realizaram manobras militares, criticadas pelas autoridades ucranianas e pela Otan.

O comandante adjunto da Aliança Atlântica na Europa, Adrian Bradshaw, afirmou na semana passada que a Rússia pode tentar conquistar territórios pertencentes aos Estados da Otan e a classificou de ameaça existencial.

Os países bálticos, como Letônia e Estônia, expressam regularmente seus temores em relação ao vizinho russo e denunciam sua suposta ingerência no conflito ucraniano.

Para acalmar estes temores, a Otan enviou aos países bálticos aviões caça e organizou várias manobras militares nestas ex-repúblicas soviéticas.

Neste sentido, tanques americanos participaram na terça-feira de um desfile militar na cidade de Narva, na Estônia, perto da fronteira russa.

Por sua vez, a Lituânia, fronteiriça com o território russo de Kaliningrado, anunciou na terça-feira sua intenção de restabelecer temporariamente o serviço militar obrigatório devido ao contexto geopolítico atual.

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