Justiça

Promotoria sueca propõe interrogatório de Assange em Londres sobre acusações de estupro

Duas mulheres acusam Julian Assange, fundador do site WikiLeaks, de estupro

Do JC Online
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Publicado em 13/03/2015 às 7:56
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Duas mulheres acusam Julian Assange, fundador do site WikiLeaks, de estupro - FOTO: Foto: AFP
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A promotoria sueca anunciou nesta sexta-feira que deve propor o envio de um magistrado a Londres para interrogar Julian Assange, fundador do site WikiLeaks, no caso de duas mulheres que o acusam de estupro.

"A promotora Marianne Ny enviou um requerimento aos advogados de Julian Assange para saber se aceitaria depor em Londres e passar por um exame de DNA", afirma um comunicado.

O anúncio representa uma mudança da justiça sueca, que até o momento era contrária às demandas de Assange de prestar depoimento em Londres.

Desde junho de 2012, Assange está refugiado na embaixada do Equador da capital britânica para evitar a ordem de prisão que a Grã-Bretanha deseja cumprir caso deixe a representação diplomática.

O australiano nega as acusações de estupro de duas suecas, que remontam a 2010, e teme que se viajar para a Suécia será extraditado mais tarde aos Estados Unidos por seu papel na divulgação de 250.000 telegramas diplomáticos americanos e 500.000 notas militares secretas pelo WikiLeaks.

A promotoria afirmou que mudou de posição porque vários fatos atribuídos a Assange prescreverão em agosto de 2015, em menos de seis meses.

"Minha posição é que as condições para tomar o depoimento na embaixada de Londres são tais que a qualidade da audiência teria carências. Por isto, deve estar presente na Suécia para um eventual julgamento. Esta posição continua sendo a mesma", disse Ny.

"Mas agora começa a faltar tempo e, por consequência, tenho que aceitar uma perda de qualidade na investigação", completou.

O advogado de Assange, Per Samuelsson, afirmou ao jornal Aftonbladet que a possibilidade de prestar depoimento em Londres é um primeiro passo para demonstrar a inocência do cliente. "É algo que pedimos há quatro anos. É o caminho a seguir para que seja declarado inocente", disse o advogado.

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