O governo de Israel suspendeu um controverso plano de assentamentos, em Jerusalém Oriental, anexada desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967, segundo informou, nesta quarta-feira um portal de notícias israelense.
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Após polêmico discurso na véspera das eleições legislativas de 17 de março, o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, desistiu de concretizar o plano, que levaria à construção de 1.500 casas no bairro de Har Homa.
Suas declarações sobre novos assentamentos em Jerusalém Oriental, da mesma forma que comentários contrários à criação de um Estado palestino, tinham acirrado as relações com o governo dos Estados Unidos.
O portal Ynet disse que as medidas tinham sido congelados pelo gabinete de Netanyahu por serem "politicamente sensíveis".
Fontes anônimas ligadas ao Ministério da Habitação e à Prefeitura de Jerusalém contaram ao veículo sobre o cancelamento, por motivos ainda não esclarecidos, de duas importantes reuniões para discutir o avanço do plano.
Os responsáveis pelas reuniões alegaram que o gabinete do primeiro-ministro não tinha permitido a realização de ambas.
Questionado pela AFP, o gabinete de Netanyahu deu uma declaração pouco clara, que nem confirmava, nem desmentia a informação pubicada no Ynet, dizendo que o plano em questão "não tinha sido enviado ao gabinete do primeiro-ministro".
"Quanto a outros planos que não foram abordados nesta semana, haverá debates quando for estabelecido o novo governo", afirmou.