Bolívia

Evo acusa EUA de desrespeito por falta de documento final

O documento foi descartado depois de a Venezuela ter insistido na inclusão de um preâmbulo condenando as sanções impostas pelos EUA a autoridades venezuelana

Da Folhapress
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Publicado em 10/04/2015 às 18:45
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O documento foi descartado depois de a Venezuela ter insistido na inclusão de um preâmbulo condenando as sanções impostas pelos EUA a autoridades venezuelana - FOTO: Foto: G. Jallasi / ABI
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O presidente boliviano, Evo Morales, disse que os EUA estão sendo "desrespeitosos" por não concordarem com uma declaração final na Cúpula das Américas.

O documento foi descartado depois de a Venezuela ter insistido na inclusão de um preâmbulo condenando as sanções impostas pelos EUA a autoridades venezuelanas em março.

"Obama vai se lembrar de que seu maior erro terá sido esse decreto contra a Venezuela. Vim para trazer minha assinatura. Somos uma mesma família. Somos a pátria grande", declarou Morales em entrevista a jornalistas de TV ao chegar ao Panamá.

Morales seguiu para a Cúpula dos Povos, organizada pela Universidade do Panamá, também conhecida como "contracúpula".

Para a audiência, composta de estudantes, organizações trabalhistas e curiosos, Morales disse que trazia a experiência de "refundação política e econômica" pela qual passara a Bolívia nos últimos anos.

E acrescentou que os EUA não podem considerar a Venezuela uma ameaça porque "nós, os países-membros da Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), é que somos uma ameaça para os neoliberais, que hoje são impotentes para saquear nossos recursos. Mas jamais seremos uma ameaça à segurança dos EUA".

"Seria bom se Obama fizesse propostas que nos ajudassem a nos converter em uma América de paz, justiça social e solidariedade. Não podemos avançar com uma mentalidade padronizante, colonial, imperial e com políticas neoliberais."

Após a intervenção na Cúpula dos Povos, Morales saiu para um jogo de futebol com sua equipe de trabalho e convidados panamenhos.

Na cúpula anterior, em Cartagena, Evo enfrentou uma seleção colombiana comandada pelo presidente Juan Manuel Santos.

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