O presidente boliviano, Evo Morales, disse que os EUA estão sendo "desrespeitosos" por não concordarem com uma declaração final na Cúpula das Américas.
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O documento foi descartado depois de a Venezuela ter insistido na inclusão de um preâmbulo condenando as sanções impostas pelos EUA a autoridades venezuelanas em março.
"Obama vai se lembrar de que seu maior erro terá sido esse decreto contra a Venezuela. Vim para trazer minha assinatura. Somos uma mesma família. Somos a pátria grande", declarou Morales em entrevista a jornalistas de TV ao chegar ao Panamá.
Morales seguiu para a Cúpula dos Povos, organizada pela Universidade do Panamá, também conhecida como "contracúpula".
Para a audiência, composta de estudantes, organizações trabalhistas e curiosos, Morales disse que trazia a experiência de "refundação política e econômica" pela qual passara a Bolívia nos últimos anos.
E acrescentou que os EUA não podem considerar a Venezuela uma ameaça porque "nós, os países-membros da Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), é que somos uma ameaça para os neoliberais, que hoje são impotentes para saquear nossos recursos. Mas jamais seremos uma ameaça à segurança dos EUA".
"Seria bom se Obama fizesse propostas que nos ajudassem a nos converter em uma América de paz, justiça social e solidariedade. Não podemos avançar com uma mentalidade padronizante, colonial, imperial e com políticas neoliberais."
Após a intervenção na Cúpula dos Povos, Morales saiu para um jogo de futebol com sua equipe de trabalho e convidados panamenhos.
Na cúpula anterior, em Cartagena, Evo enfrentou uma seleção colombiana comandada pelo presidente Juan Manuel Santos.