Recompensa

Alemanha indenizará 'simbolicamente' ex-prisioneiros de guerra soviéticos

Não há indicações de quantos ex-prisioneiros de guerra poderiam receber esta indenização

Da AFP
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Publicado em 20/05/2015 às 16:47
Foto: JOHN MACDOUGALL / AFP
Não há indicações de quantos ex-prisioneiros de guerra poderiam receber esta indenização - FOTO: Foto: JOHN MACDOUGALL / AFP
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A Alemanha indenizará simbolicamente, com 10 milhões de euros, "os ex-prisioneiros de guerra soviéticos" pelo sofrimento a que foram submetidos durante a Segunda Guerra Mundial - informou nesta quarta-feira (20) uma fonte parlamentar.

"Independentemente de se tratar de uma obrigação legal, ou jurídica, os ex-prisioneiros de guerra soviéticos devem receber uma quantia simbólica de reconhecimento", diz uma ata das deliberações para o orçamento suplementar de 2015, a ser votado na quinta-feira pelo Bundestag, a Câmara Baixa do Parlamento alemão.

Não há indicações de quantos ex-prisioneiros de guerra poderiam receber esta indenização.

"Os antigos prisioneiros de guerra soviéticos constituem o maior grupo de vítimas do nacional-socialismo depois dos judeus", declarou o vice-porta-voz do grupo social-democrata no Bundestag para as questões orçamentais, Hans-Ulrich Krüger.

De acordo com Krüger, todos os membros da Comissão de Orçamento do Bundestag concordaram "no reconhecimento do tratamento de prisioneiros de guerra soviéticos como um crime do nacional-socialismo", e que se deve oferecer "um reconhecimento financeiro individual como uma espécie de reparação".

Frank-Walter Steinmeier, que lançou uma proposta nesse sentido em junho de 2013 antes de se tornar o atual ministro alemão das Relações Exteriores, comemorou "uma boa iniciativa do Bundestag", segundo seu porta-voz, Martin Schäfer.

Por ocasião das celebrações do 70º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial, o presidente alemão, Joachim Gauck, prestou uma homenagem aos prisioneiros de guerra soviéticos.

"Devemos partir do princípio de que, dos mais de 5,3 milhões de prisioneiros de guerra soviéticos, mais da metade perdeu a vida", declarou o chefe de Estado alemão.

A morte desses milhões de soldados nos campos alemães foi "um dos maiores crimes desta guerra", considerou.

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