Pena de Morte

Justiça do Kuwait pedirá pena de morte a 11 acusados de atentado em mesquita

As execuções são raras no país

Da AFP
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Publicado em 15/07/2015 às 9:09
Foto: Ayman Mat / Fotos Públicas
As execuções são raras no país - FOTO: Foto: Ayman Mat / Fotos Públicas
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O procurador-geral do Kuwait pretende pedir a pena de morte para 11 dos 29 acusados pelo atentado a uma mesquita xiita no mês passado, noticiou a imprensa local nesta quarta-feira.

O jornal Al-Qabas, citando fontes bem informadas, indica que dois dos suspeitos, que estão foragidos, são combatentes do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), que reivindicou o ataque.

Em 26 de junho, um suicida saudita detonou seus explosivos em uma mesquita xiita, matando 26 fiéis e ferindo mais de 200 outros.

Sete kuwaitianos, 5 sauditas, 3 paquistaneses e 13 apátridas estão entre os indiciados, segundo a promotoria, que não especificou a nacionalidade do último, que está foragido.

Destes, 24 estão atualmente presos no Kuwait, enquanto os outros cinco serão julgados à revelia, incluindo dois sauditas detidos em seu país, suspeitos de introduzirem no emirado os explosivos usados ??no ataque. 

As execuções são raras no Kuwait, país que observa desde junho de 2013 uma moratória sobre a pena de morte, como resultado de críticas de ONGs, enquanto dezenas de condenados estão no corredor da morte.

Nas últimas cinco décadas, um total de 74 condenados à morte foram executados no Kuwait, de acordo com estatísticas oficiais.

O país anunciou na segunda-feira a criação de uma comissão permanente de luta contra o terrorismo, que será responsável pela coordenação do trabalho de vários departamentos do Estado nesta área.

Depois do ataque anti-xiita, as autoridades intensificaram as medidas de segurança em torno de mesquitas e locais sensíveis, incluindo instalações petrolíferas.

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