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Jornalista americano é condenado à prisão no Irã por espionagem

No entanto, o tempo de prisão não foi informado pelo governo

Da Folhapress
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Publicado em 22/11/2015 às 13:15
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No entanto, o tempo de prisão não foi informado pelo governo - FOTO: Foto: AFP
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Uma corte do Irã sentenciou o repórter americano Jason Rezaian, do "Washington Post", à prisão, de acordo com a agência de notícias do governo iraniano.

No entanto, o tempo de prisão não foi informado pelo governo. "A sentença de Rezain inclui um período na prisão, mas não posso dar detalhes", disse Gholamhossein Mohseni Ejei, porta-voz do judiciário iraniano. Rezain poderá apelar da sentença.

Acusado de espionagem, Rezaian, 39, está há 488 dias preso. Ele e a mulher, Yeganeh Salehi, foram capturados em sua casa, em julho de 2014.

Salehi foi libertada posteriormente. Uma terceira acusada, cujo nome não foi divulgado, também foi detida na ocasião e libertada depois.

Em outubro, a Justiça iraniana divulgou que Rezaian havia sido condenado, mas sem informar a sentença nem outras informações.

O Departamento de Estado dos EUA disse estar ciente da divulgação da sentença. mas que ainda não poderia confirmá-la.

A questão tem sido motivo de atritos diplomáticos entre EUA e Irã. Relatos na imprensa iraniana, citando fontes oficiais, apontam que Rezaian poderia ser solto em troca da libertação de iranianos que estão detidos nos Estados Unidos.

O editor de assuntos estrangeiros do "Post", Douglas Jehl, disse que o jornal também não possui informações adicionais.

"O julgamento e a sentença dele são uma fraude e ele deveria ser solto imediatamente, defendeu Jehl.

 

ESPIONAGEM

O jornalista é acusado de espionagem, colaboração com governos hostis e propaganda contra o regime, que podem lhe render até 20 anos de prisão. Ele nega todas as acusações.

Os familiares do jornalista afirmam que sua saúde é frágil e que ele precisa de remédios. Rezaian, que é o jornalista ocidental que passou mais tempo preso no Irã, tem hipertensão, dores lombares crônicas e depressão.

O julgamento de Rezaian foi conduzido na Corte Revolucionária, que tipicamente trata dos casos envolvendo segurança nacional.

O juiz do caso, Abolghassem Salavati, é conhecido por sua inflexibilidade e por condenações duras. Ele participou dos julgamentos de manifestantes presos durante os protestos que se seguiram à eleição presidencial de 2009.

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