FRANÇA

Internado em centro psiquiátrico professor francês que inventou agressão jihadista

O professor de 45 anos contou à polícia que um homem, que disse pertencer ao grupo Estado Islâmico, o atacou com uma faca

Da AFP
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Publicado em 15/12/2015 às 12:26
Foto: Francois Guillot / AFP
O professor de 45 anos contou à polícia que um homem, que disse pertencer ao grupo Estado Islâmico, o atacou com uma faca - FOTO: Foto: Francois Guillot / AFP
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O professor que inventou na segunda-feira (14) ter sido vítima de uma agressão jihadista em um subúrbio de Paris foi internado em um hospital psiquiátrico após sua prisão preventiva, anunciou a justiça francesa. 

Duas avaliações psiquiátricas determinaram "a alteração de seu discernimento e a incompatibilidade de seu estado de saúde com a detenção preventiva", que terminou nesta terça-feira. 

"Uma análise psiquiátrica será realizada o mais rápido possível", segundo a mesma fonte. 

O professor foi colocado em prisão preventiva na segunda-feira (14) por ter denunciado um delito imaginário, depois de admitir que havia "fingido a agressão por motivos que a investigação terá que determinar", de acordo com a justiça. 

Em um primeiro momento, o professor francês de 45 anos contou à polícia que um homem, que disse pertencer ao grupo Estado Islâmico (EI), o atacou com uma faca na sala de aula, de uma classe da pré-escola, antes da chegada das crianças. 

Após os atentados de 13 de novembro na França, reivindicados pelo EI, o anúncio da suposta agressão reativou a psicose de um novo atentado jihadista, provocou uma grande mobilização da polícia e uma intensa cobertura ao vivo da imprensa. 

O ministério da Educação Nacional anunciou a suspensão do professor, que provocou por conta própria ferimentos no pescoço e nas costas. Um processo disciplinar foi aberto contra ele, que pode ser demitido. 

No primeiro depoimento aos investigadores, o professor descreveu o suposto agressor como um homem de luvas, o rosto oculto por um capuz e botas militares. Também disse que o homem chegou sem armas e pegou um estilete para atacá-lo, antes de gritar: "É Daesh (acrônimo árabe do EI). Isto é uma advertência" e fugir.

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