Argentina

Turistas testemunham rompimento de arco de gelo do glaciar Perito Moreno

A geleira Perito Moreno foi declarada patrimônio da humanidade pela Unesco

Da AFP
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Publicado em 10/03/2016 às 15:45
Foto: Walter Diaz / AFP
A geleira Perito Moreno foi declarada patrimônio da humanidade pela Unesco - FOTO: Foto: Walter Diaz / AFP
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Quem piscou, perdeu. O rompimento de um arco de gelo que se formou na geleira Perito Moreno, na Argentina, possibilitou a milhares de turistas testemunharem nesta quinta-feira o fenômeno natural, que acontece a cada dois ou quatro anos.

Gritos de assombro se misturaram ao estrondo da enorme massa de gelo que desabou às 10H55 da manhã (hora local) no Lago Argentino, situado no majestoso Parque Nacional Los Glaciares, na Patagônia, 2.000 km a sudoeste de Buenos Aires. 

A expectativa aumentou no segundo dia do início do desprendimento de enormes blocos de gelo, que terminou com o desmoronamento final de um arco de gelo diante de 3.000 turistas.

"É um espetáculo único que obviamente aumentou o número de visitas nesta época do ano", disse à AFP Matilde Oviedo, porta-voz do parque nacional Los Glaciares.

Na Argentina, onde o outono está prestes a começar, o parque chega a receber durante o verão uma média de 4.500 turistas por dia.

A ruptura do glaciar "costuma atrair milhares de curiosos quando chega a hora deste fenômeno", explicou Oviedo. Os responsáveis pelo parque esclareceram que se trata de um fenômeno totalmente natural, que costuma ocorrer a cada dois a quatro anos, embora entre 1988 e 2004 tenha passado 16 anos sem se romper.

Desde 2004, voltou ao intervalo conhecido, partindo-se em 2008, 2012 e agora este ano.

A geleira Perito Moreno foi declarada patrimônio da humanidade pela Unesco.

Desde a terça-feira, turistas, cientistas e jornalistas de emissoras de TV mantinham suas câmeras de prontidão durante longas horas para registrar a ruptura final, mas os especialistas afirmaram que o fenômeno poderia ocorrer a qualquer hora do dia.

"O fenômeno acontecer não tem a ver com que ao meio-dia temos mais sol ou faz um pouco mais de calor", disse Oviedo.

De fato, não há registros em imagens do rompimento de 2012 porque ocorreu às 03H45 da manhã.

"Pode-se estar na parte das passarelas (do parque) enquanto há luz e de manhã é possível entrar a partir das 8. Cada ruptura é diferente, tem havido rupturas em fevereiro e março, mas uma vez ocorreu em julho", explicou uma funcionária deste parque, cercado de montanhas cobertas de neves eternas, que vão se depositando sobre a geleira.

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